Wednesday, November 22, 2006

Carta para todos e para ninguém

Já AMEI das mais variadas formas. AMO...

Já AMEI e senti mil e uma emoções inerentes a esses Amores. Já senti o coração a bater descompassado, na presença ou ausência de alguém. Já perdi o ar e a respiração ao sentir-me longe desse Amor. Já desejei a minha própria morte. Já sorri estupidamente. Já cometi loucuras em prol desse Amor. Já me arrependi de ter Amado. Já me arrependi de me ter arrependido. Já senti a Paz. Já me senti perdido. Já me senti sem forças para enfrentar o Mundo sem o meu Amor. Já lutei pelo meu Amor. Já rasguei a Alma de ciúmes. Já perdoei (por Amor perdoa-se sempre). Já chorei. Já me esqueci do Mundo por causa do Amor. Já deixei o Amor por causa do Mundo. Já senti o Amor eterno. Já Amei sem pensar. Já Amei à distância. Já Amei sem o saber mostrar. Já voei com o meu Amor. Já caí pelo meu Amor. Já calei o meu Amor. Já guardei o meu Amor. Já me senti desesperado. Já me senti traído. Já me senti Amado em toda a plenitude. Já me senti incapaz de retribuir o Amor recebido. Já Amei sem querer nada em troca. Já me entreguei totalmente ao meu Amor. Já me senti nas nuvens. Já toquei o Paraíso. Já desci aos Infernos. Já me senti completo. Já me senti insaciável. Já quis tudo. Já perdi tudo. Já me levantei para voltar a Amar. Já jurei não mais Amar. Já reneguei o meu Amor. Já abdiquei do meu Amor. Já descobri no Amor o único caminho que poderei seguir na vida. Já vivi por Amor. Já vivi um Amor. Já traí por Amor. Já senti o Mundo a parar. Já senti a vida a parar. Já perdi o apetite. Já me senti tão inútil e impotente. Já me senti encantador. Já entrei noutra Alma. Já quis ser outra Alma. Já recebi um abraço profundo. Já fiquei tonto com apenas um beijo. Já desapareci nos sentimentos de alguém. Já tive certezas. Já me devotei ao Amor. Já me enganei no Amor. Já senti o AMOR...

Ao olhar para trás e para tudo o que senti – apenas descrevi uma ínfima parte das sensações, emoções, sentimentos, situações que experimentei e vivi – chego à conclusão que sou uma pessoa afortunada. Porque tive a felicidade de sentir tanto...Exaltação, loucura, Paz, dor, calma, alegria, euforia, Paixão, desejo, carinho, Amizade, angústia, ansiedade, serenidade, liberdade, Verdade, entrega, dedicação, vontade, desgosto, confiança, certeza, tudo isto senti. E senti-o da forma mais intensa que seria possível. E senti muito mais do que aquilo que me é permitido expressar. Tomara eu ser capaz de expressar correctamente tudo quanto senti....

Agora parado, estático, a olhar para este rol de emoções como se admirasse uma prateleira de livros, apreciando as suas lombadas, lembrando-me das suas estórias, recordando toda esta vida, sorrio impávido e sereno. Nunca poderei quantificar ou qualificar o que senti, quando senti e como senti. Não poderei avaliar os bons e maus momentos. Não me será possível medir os sentimentos como se se tratasse de alguma escala científica. O Amor não é científico!!!

Tudo aquilo que vivi – senti – teve uma razão de ser. Tudo aquilo que senti – vivi – foi imprescindível para aquilo que sou. Nenhuma sensação pode suplantar a outra. Nem sequer poderei dizer que esta ou aquela foi a mais importante porque foi mais ou menos intensa. Não posso, nem devo, tentar entender, compreender ou justificar o Amor nem todas as suas emoções. Cabe-me apenas – e a todos nós – beber de todas elas como se se tratassem da mais doce poção que tornam a vida que vivemos algo mágico que vale a pena viver...

1 comment:

musalia said...

ah! a música é linda! :)