Thursday, September 30, 2004

Poesia rasgada

Não te escrevo nunca mais!
Palavras de Amor, claro está.
Posso perguntar-te como vais,
Tratar-te como às pessoas normais
Endeusar-te já não dá
E Amar-te? Jamais!

Desculpa, não sei o que me deu
Simplesmente passou a vontade
Não és tu a culpada sou eu
Mas foi só um momento que se perdeu
E o momento que passou? Foi de verdade?
O que quer que tenha sido…morreu

Digo-te isto sem qualquer tristeza
Nem mágoa no coração
A paixão tem essa beleza
Por ser livre e nunca presa
Às vezes surge e noutras…não
E é sempre uma surpresa.

Por isso desejo-te um bom dia
Pois sou cortês e delicado
Mas sei que se passar mais um dia
O coração chama-me e assobia
E ao olhar para ti, apaixonado,
Rasgarei esta poesia…

Tuesday, September 21, 2004

Dava tudo no Mundo para te ver sorrir

Dava tudo no Mundo para te ver sorrir
Não uma vez apenas mas todos os dias da minha vida
Olhar fundo nos teus olhos sem eles poderem fugir
Tomar-te nos meus braços e o teu corpo sentir
Encostado ao meu numa paixão sentida

E ali calado ouvir o teu coração falar
Confessando sem vergonha todo o seu Amor
Cabeça no teu colo tentando acreditar
Beliscando-me para saber que não estou a sonhar
Sou eu quem tu Amas ? Diz-me por favor.

Ao dizeres-me que sim acalma-se o Mar
O céu fica limpo e já se vê a Lua
Amor meu vou levar-te comigo a voar
Nos meus braços apertados enquanto te Amar
Sussurando-te ao ouvido: a minha vida é tua.

Monday, September 13, 2004

Cansado

Minha Querida,

Perdoa-me já não te saber escrever. Perdi as forças, perdi o ânino, perdi o encanto. Perdi-me...No exacto momento em que te consegui alcançar. Ou tocar. De leve...Para depois cair num buraco onde a luz não parece chegar. Essa luz que me dava alento. Essa luz que me fazia sorrir. Essa luz que me fazia sonhar. Essa luz que vinha de ti e era toda tua.

Agora sinto falta. Tenho medo de sair e encontrar outro Mundo. Um Mundo mais triste, um Mundo sem Sol. Ao menos aqui neste buraco posso pensar que ainda existes algures e que só morreste para mim. Mas ainda brilhas.

Mas e se deixaste mesmo de brilhar? Se eu saio e descubro que o teu brilho desapareceu? De alguma forma misteriosa desapareceu? Qual seria a razão da minha existência? E desse Amor que te devotei e devoto?

Por isso perdoa-me. Vou ficar por aqui escondido. Agarrado aos meus sonhos. Agarrado aquilo em que ainda acredito, mesmo que atemorizado pela hipótese de só acreditar em ilusões.

Ao menos aqui ainda te Amo...
Minha Querida,


Perdoa-me já não te saber escrever. Perdi as forças, perdi o ânino, perdi o encanto. Perdi-me...No exacto momento em que te consegui alcançar. Ou tocar. De leve...Para depois cair num buraco onde a luz não parece chegar. Essa luz que me dava alento. Essa luz que me fazia sorrir. Essa luz que me fazia sonhar. Essa luz que vinha de ti e era toda tua.

Agora sinto falta. Tenho medo de sair e encontrar outro Mundo. Um Mundo mais triste, um Mundo sem Sol. Ao menos aqui neste buraco posso pensar que ainda existes algures e que só morreste para mim. Mas ainda brilhas.

Mas e se deixaste mesmo de brilhar? Se eu saio e descubro que o teu brilho desapareceu? De alguma forma misteriosa desapareceu? Qual seria a razão da minha existência? E desse Amor que te devotei e devoto?

Por isso perdoa-me. Vou ficar por aqui escondido. Agarrado aos meus sonhos. Agarrado aquilo em que ainda acredito, mesmo que atemorizado pela hipótese de só acreditar em ilusões.

Mas aqui Amo-te...

Come What May

Never knew I could feel like this
Like I've never seen the sky before
I want to vanish inside your kiss
Every day I'm loving you more and more

Listen to my heart, can you hear it sings
Telling me to give you everything
Seasons may change, winter to spring
But I love you until the end of time

Come what may
Come what may
I will love you until my dying day

Suddenly the world seems such a perfect place
Suddenly it moves with such a perfect grace
Suddenly my life doesn't seem such a waste
It all revolves around you

And there's no mountain too high
No river too wide
Sing out this song and I'll be there by your side
Storm clouds may gather
And stars may collide
But I love you until the end of time
Come what may
Come what may
I will love you until my dying day

Oh, come what may, come what may
I will love you, I will love you
Suddenly the world seems such a perfect place
Come what may
Come what may
I will love you until my dying day

Saturday, September 11, 2004

Jura Secreta

Sueli Costa & Abel Silva

Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que eu não roubei
A jura secreta que eu não fiz
A briga de amor que eu não causei

Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que quero me suprime
Do que por não saber que ainda não quis

Só uma palavra me devora
Aquela que o meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofri

Friday, September 10, 2004

Tanto que eu tinha para te dizer...

Julieta,

Tinha tanto para te dizer. Tinha tanto para te mostrar. Mas não te vejo...Não sei onde estás...

Os meus olhos já se cansaram de te procurar. Os meus sentidos e a razão dizem-me para desistir, mas o meu coração...esse tonto...insiste em ficar à tua espera. Insiste em permanecer, tal qual cão fiel e obediente, a olhar para uma porta, pela qual eu sei perfeitamente que nunca entrarás. Mas o meu coração...esse acredita. Por vezes sorrio compadecidamente e tenho pena dele. Noutras ocasiões dou por mim a ter pena da razão e de todas as pessoas que se subjugam a ela e não conseguem olhar o que os olhos não vêem. Ou a ter pena de mim...

Mas o problema é que eu tenho cá dentro tanto para te dar. Em palavras, em gestos, em carinho, em manifestações de Amor. O que faço? Não posso abdicar de tudo o que sinto. Ou, pior ainda, não posso deitar tudo ao Mar ou entregar a outra que não seja a destinatária destas afeições. Mas se os retiver cá dentro, esses sentimentos estagnam, esmorecem, apodrecem.

Então escrevo-te. Escrevo-te como se soubesse que agora mesmo lerias estas linhas. Escrevo-te como se tivesse a certeza que sentirias tudo o que sinto. Escrevo-te como se as palavras se transformassem em Rosas, as frases em beijos e o texto numa forma que encontro de expressar o meu Amor.

Podes questionar se te Amo. Alguma vez deixei de te Amar? Eu sinto-te dentro de mim, como se vivesses ao meu lado. Sinto-te dentro de mim, como se te desse a mão enquanto me deito. Sinto-te dentro de mim como se fizesse parte da tua vida.

Só que às vezes a realidade surge como um pesadelo fantasmagórico que me mostra o Mundo sem ti. A realidade da tua ausência surge como a sombra que apaga a tua presença no meu coração. A realidade esforça-se por mostrar como o meu coração é ridículo por esperar por ti. Às vezes sinto-o triste e desanimado. Como se até ele começasse a perder as forças e a fé. Até que ele ouve passos, que na maior parte das vezes não são os teus, e sente de novo o pulsar, a esperança e a vida. E continua a esperar por ti...

...

A minha Alma? Rasguei.
Os meus sonhos? Desfiz.
O meu sorriso? Não sei...
A minha Paz? Não quis.

O teu olhar? Perdi.
O olhar dela? Guardei.
O Paraíso? Eu vi.
Ao Inferno? Voltei.

O meu Amor? Fez-me sofrer.
O teu Amor? Fez-me sonhar.
O meu pedido? Quero viver?
O meu maior medo? Deixar de Amar.

Quem sou eu? Acho que nada.
E aos teus olhos? Nada eu sou.
Se tu fores noite? Sou madrugada.
Se eu surgir? Tudo acabou...

Thursday, September 09, 2004

Fico assim sem você...

Adriana Calcanhoto

Avião sem asa, fogueira sem brasa,
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola,
Piu-piu sem frajola
Sou eu assim sem você.

Por que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim.

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem abraço
Sou eu assim sem você

Tô louco pra te ver chegar
Tô louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo.

Porquê? Porquê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim.

Eu não existo longe de você
E a solidão é meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo.

Porquê?