Thursday, December 31, 2009

Adeus 2009

Meu Amor, meu querido e lindo Amor,

Tu sabes como eu sou indiferente a estas ocasiões festivas, à celebração de datas que, sem qualquer razão que o justifique, se tornam uma razão (obrigação?) para nos divertirmos, para estarmos felizes e alegres. Sinto como se estivessem a impingir-me um dia qualquer, tentando demonstrar-me que, afinal, é um dia único e memorável e que devo agradecer a Deus por ele. Como se os outros dias todos lhe fossem inferiores…

Para além disso, sabes que eu tenho uma séria dificuldade em festejar o ano que acaba, da mesma forma como me custa festejar o tempo que vai passando por mim ou que eu vou deixando para trás. O tempo aflige-me, o tempo lá à frente assusta-me. Tu sabes isso…

Mas hoje, não sei porque razão – talvez porque o Amor tudo resolve – quis te escrever algo positivo, quis te deixar umas palavras de alento para o novo ano que aí vem, quis te abraçar com toda a minha força, como todo o meu carinho, com todo o meu Amor. Quis dizer-te: vai tudo correr bem, és mágica, és linda e o mundo é o teu destino.

Hoje termina o ano 2009. Podia ter sido um ano igual a tantos outros que já passaram. Não foi. Este foi o ano em que te conheci melhor, este foi o ano em que descobri verdadeiramente os teus olhos, este foi o ano em que te beijei, este foi o ano em que exploramos jardins, florestas, nenúfares, cascatas, mares, piratas, céus e sonhos, este foi o ano em que me abracei a ti com tanta intensidade que fomos um só, este foi o ano em que chorámos (tu mais do que eu) e rimos (eu mais do que tu?), este foi o ano em que descobri o quanto és especial, este foi o ano em que nos começámos a descobrir um ao outro, este foi o ano em que encontrámos o reino da Lusitana, este foi o ano em que me cativaste fazendo-me teu para sempre (Si tu m'apprivoises, nous aurons besoin l'un de l'autre. Tu seras pour moi unique au monde. Je serai pour toi unique au monde...), este foi o ano em que desvendámos o AMOR, o nosso AMOR.

Muito mais coisas aconteceram neste ano. Coisas nossas e de mais ninguém. Olhando para trás – que foi o que fiz – constatei o quanto foi especial este ano. Porque antes de 2009 não existia a Alice, nem o país das maravilhas, porque antes de 2009 não existiam os bosques ou os céus, porque antes de 2009 não existia o AMOR.

Por tudo isso, quando soarem as badaladas, quando o relógio contar decrescente os segundos que faltam para o ano terminar, quando os últimos grãos da ampulheta deste ano caírem para sempre, será em ti que eu pensarei. E, naquele momento, que outrora me poderia parecer insignificante e igual a tantos outros, sorrirei sozinho, num sorriso que só tu e eu perceberíamos, e agradecerei a Deus por existires e ao destino por ter feito com que nos cruzássemos nesta vida. E pedirei também a Deus por ti, que realize todos os teus sonhos, que te dê forças para enfrentares todos os obstáculos da tua vida, que te dê alegria para fazeres os outros felizes, que te dê Alma para que possas sentir ainda mais e que te dê todo o Amor que mereces. Mas, acima de tudo, pedirei a Deus para que em 2010 encontres em ti toda a magia, todo o encanto, toda a beleza, todo o Amor que é o que faz de ti uma pessoa tão especial. Se assim for, finalmente perceberás o quanto significas para mim.

Wednesday, December 30, 2009

Gosto de ti como gosto do Mar...

Amor,


Muitas vezes te perguntas se eu te AMO. Muitas vezes te perguntas porque é que te AMO ou quanto é que te AMO. Acho que são perguntas normais de quem AMA, de quem sente as coisas no fundo do coração, de quem tem medo de não ser correspondido da mesma maneira e com a mesma intensidade. Não imaginas as vezes em que eu fiz as mesmas perguntas, as vezes em que quase me convenci que seria impossível que tu me Amasses desta forma, as vezes em que, sozinho, tremi de medo que me esquecesses. Por vezes o AMOR é tão forte que duvidamos da sua veracidade.


Mas a verdade, meu AMOR, a verdade que é ditada pelo meu coração e por mais ninguém, é que eu gosto de ti como gosto do Mar. E tu sabes como eu gosto do Mar, não sabes? Eu e o Mar…Eu e tu…O Mar, como tu, faz-me bater o coração mais forte, ao sabor das ondas. O Mar, como tu, inspira-me, enche-me de sentimentos, enche-me de emoções. O Mar, como tu, traz-me uma paz única, silenciosa e intemporal. O Mar, como tu, acolhe-me, recebe-me dentro de si, transforma-me no momento em que quase nos tornamos um só. Olho o Mar, e olho para ti, com admiração, fascínio, encanto, prazer. Eu e tu…Eu e o Mar…


O Mar é uma presença constante na minha vida. Está-me no sangue, como eu costumo dizer. Mesmo que por vezes nele não mergulhe ou nem sequer o veja. Está lá, preenche os meus sonhos, ajuda-me a respirar, faz-me querer viver. Posso não lhe mostrar a toda a hora o quanto ele significa para mim, mas acredito que ele sabe, acredito que ele sente todo o AMOR que lhe devoto, um AMOR que vai muito para além do mero sentimento de me sentir bem ao seu lado. E sinto…


O AMOR que te tenho é tão parecido com o Mar... Por vezes deparamo-nos com ele imponente, majestoso, forte, assustador e noutras tranquilo, calmo, pacífico, imenso. Não serei capaz de dizer que gosto mais do Mar desta ou daquela maneira. O Mar – e também o AMOR – é assim mesmo: uma mistura de sentimentos e emoções. É a paixão misturada com a paz, é o vendaval misturado com a acalmia, é a dor misturada com o alívio. Não é fácil viver o MAR, não é fácil viver o AMOR.


Mas o que sei, ou o que sinto, é que o Mar, como tu, faz parte da minha vida, faz parte daquilo que sou, faz parte do meu sangue. Talvez pudesse sobreviver sem o MAR, ou até sem o AMOR, mas limitar-me-ia a respirar, comer, dormir e esperar que um dia a morte me levasse Mar adentro para perto do meu AMOR. Porque eu, Amor, gosto de ti como gosto do MAR…

Wednesday, December 23, 2009

Onde há muito sentimento...

Onde há muito sentimento, há muita dor…Leonardo da Vinci

Amor,

Em tempos, não muito idos, mostrei-te esta citação - que dizem pertencer ao Leonardo da Vinci - e guardei-a, com o mesmo carinho com que guardo as coisas que mais me falam ao coração. Na altura, apesar de triste, achei-a bonita. Tu sabes bem como eu consigo (ou tento) ver a beleza até nos momentos mais tristes. Do outro lado, tu quase que nem a quiseste ver, talvez farta de tanta tristeza à tua volta.

Hoje, ao olhar para a mesma frase, apesar de ainda a achar bonita, sou levado a concentrar-me na dor que agora ocupa a minha vida. Não imaginei que ainda pudesse sofrer assim. Achei que já tinha superado tanta coisa que o meu coração estava treinado, preparado, forte e seguro para qualquer embate. Não estava. Não estou…

Tolice a minha pensar que estamos preparados para um desgosto de AMOR. Quando se AMA, assim…com letras grandes, tudo ganha novas proporções, as coisas boas e as menos boas (quero crer que no AMOR não há coisas más…). Se tocamos o céu com as pontas dos dedos, se voamos, se chegamos lá onde mais ninguém chega, o reverso da medalha afunda-nos num buraco negro, num vazio desprovido de sentido, numa angústia, num desespero tal que só nos apetece por fim a tudo. É desse buraco que te escrevo, sem te escrever…

Se, por algum acaso, leres estas minhas palavras, perdoa-me desde já a minha fraqueza, perdoa-me o facto de não conseguir esperar, em silêncio, que a tormenta passe. Tu sabes como os silêncios me cortam, como o vazio me assusta, como sem ti me sinto perdido. Escrevo, como quem fala. Escrevo, como quem confessa a algo ou a alguém que se sente sem nada. Escrevo, como se tivesse a certeza que lerias estas palavras e que, lendo-as, me abraçarias de longe, sem que eu te visse, sem que nos cruzássemos. Como se pudéssemos nos Amar em silêncio, na distância e na ausência. Tu sabes como eu acredito em coisas parvas…

Neste momento sinto-me uma pálida sombra de mim mesmo. Como se me tivessem retirado toda a cor, todo o brilho e toda a luz e eu me limitasse a ser uma foto velha a preto e branco que anda por aí sem fazer falta a quem quer que seja. Porque tu eras a cor, o brilho e a luz que, me encantando, me devolvia à vida. Sem ti…nada. Sem ti…nada.

E, no entanto, sinto cá dentro um AMOR tão forte, um coração tão grande. Neste momento a dor comanda, mas o AMOR que me deste, o AMOR que me transmites, o AMOR que ainda nos une é ainda maior do que tudo resto. Por isso, entre as lágrimas que teimo em não chorar (hoje chorei um pouquinho) ainda sou capaz de sorrir e, orgulhoso (de mim, de ti, de nós…), dizer-te (sem te dizer): AMO-TE. MUITO, MUITO, MUITO.

Monday, September 21, 2009

Carta alheia

As palavras que me escreveste tocaram-me. Como todas as outras que por vezes calas e que eu tenho de ler nos teus olhos. São as tuas palavras, são pedaços dos sentimentos que tu reservas para mim, são pedaços do Amor que é nosso, exclusivamente nosso. Sorvo essas palavras uma a uma, deixando que façam efeito sobre o meu peito, enchendo-o de emoção. Porque é isso que fazes: preenches-me, completas-me, dás um sentido ao coração que já não é só meu, mas que também te pertence.

Sem dar por isso acho que respondi ao que me perguntaste. Não, não fomos companheiros ocasionais de viagem. Sabes bem que somos bem mais do que isso. Mesmo quando o teu coração se enche de dúvidas, mesmo quando os ciúmes te perfuram a Alma, mesmo quando me procuras e não encontras. Mesmo quando o céu se cobre de nuvens e não vês o Sol, sabes que ele lá está. Por isso sabes bem o quanto te Amo, sabes que este Amor que te devoto não tem prazo de validade nem final previsto. Amo-te ponto. A partir desta palavra, deste sentimento, desta partilha, tudo se poderá desenhar, tudo se poderá construir. Mas o Amor propriamente dito, esse, manter-se-á inabalável. Porque é isso que distingue um Amor de verdade de uma paixão passageira.

Se eu tivesse a faculdade de dissecar o meu coração, deixando expostos todos os meus sentimentos, terias a oportunidade de ver com os teus próprios olhos a sinceridade daquilo que te escrevo. Poderias comprovar o quanto te Amo, o que significas para mim e, mais do que tudo, como és essencial para o pulsar daquele órgão que, dissecado, continuaria a bater por ti.

Queria ser capaz de preencher todo e qualquer vazio que te causasse medo. Queria ser capaz de te orientar, dar sentido à tua vida e um destino à nossa viagem. Queria ser capaz de ocupar cada pedacinho de ti, estar em ti a toda a hora e a todo o momento. Mas a vida é feita de procuras, buscas, caminhadas. E os vazios, os medos e as dúvidas fazem parte essencial e determinante da vida. Por isso sei perfeitamente que, por maior que fosse esta minha vontade, precisarias sempre desse vazio para me encontrar, para me procurares. Se calhar é esse o mistério do Amor.

Meu Amor, perdoa-me se eu não pude estar sempre presente, perdoa-me os meus silêncios, as minhas distâncias, os meus vazios. Nada posso fazer para apagar esses males que te possa ter causado. Apenas te posso dizer que nunca estivemos verdadeiramente sós ou separados. Carregamo-nos um ao outro no sentimento que é só nosso e só esperamos que a alegria do momento do reencontro suplante e apague a tristeza da saudade.

Amo-te muito.

Tuesday, May 05, 2009

O que é o Amor?

Minha Querida

AMO-TE!!! Poderia dizer que gosto muito de ti, que gosto da tua companhia, que me fazes feliz, que me completas. Independentemente dessas questões de semântica, que julgo sempre irrelevantes, creio que o termo AMO-TE engloba toda uma série de emoções, sentimentos, expressões, etc que não seriam incluídas doutra forma. Por isso AMO-TE…

Mas o que é que isso verdadeiramente quer dizer? Em primeiro lugar que o meu coração bate por ti. Acelera, trava, pára, suspira, agiganta-se, assusta-se, sente. Sim, isso resume muito de tudo isto. Sente…Quando se Ama sente-se…E eu sinto tanto a teu respeito que dificilmente encontraria palavras que o descrevessem. Nem sequer se algum dia alguém criou essas palavras. Por mais bonitas e encantadoras que estas sejam, por mais harmoniosas que elas se tornem ao juntar-se umas às outras, por mais musicais que elas pareçam, quando falam do Amor sinto sempre que algo falta. Mas agora só tenho palavras. O que hei-de fazer? Tentarei colocar todo o meu Amor nelas…

Para além desse sentimento, descrito de uma forma generalista e pouco concreta, o que significa para mim eu admitir que te Amo? O que é que isso traduz nos meus sentimentos? Que estou apaixonado? Que me sinto inebriado ao teu lado e trôpego longe de ti? Que o ar escasseia, que o tempo não passa, que tudo parece vazio se imagino a vida sem ti? Tudo isto é a maior das verdades, mas será só isto o Amor? Creio que não…

O Amor não é só a loucura permanente, os anseios, os desejos, os medos, a angústia no canto da boca. O Amor não é uma mera explosão de sentimentos que nos leva ao ar e nos deixa cair sem sequer que nos apercebamos como lá chegámos, de onde viemos e para onde vamos. E olha que sinto tudo isso…E isso também é parte do Amor. Mas nunca poderei resumir o Amor a apenas isso.

Mas então o que haverá de mais importante do que essa palpitação absurda que toma conta de nós? O que tem o Amor de mais intenso, mais cativante, mais enlouquecedor, mais rico? Julgo que a resposta não poderá ser dada com base na importância ou na intensidade, mas sim no complemento. O que complementa essas emoções, todas elas maravilhosas, que faz do AMOR o AMOR???

O Amor também é firme, forte, inflexível e seguro. O Amor também é, ou deveria ser, capaz de enfrentar as tormentas sem perder o leme, sem perder o rumo, sem perder o destino que é o próprio AMOR. Amar também é ter a noção que nada derrubará esse Amor. Mas tudo muda? Tudo! O Amor muda, as pessoas mudam, mas o verdadeiro AMOR não morre. O verdadeiro Amor está entranhado na nossa pele, no nosso corpo, na nossa Alma e na nossa vida. O verdadeiro Amor é parte de nós e nós somos parte dele. Nada nos separará enquanto tivermos vida. E depois desta, quando esta acaba, ainda assim persistirá esse Amor.

É fácil Amar quando nos sentimos apaixonados, quando todos os nossos sentidos – aqueles que mais nos desviam o verdadeiro Amor – nos pedem a pessoa Amada, quando os nossos olhos procuram algo, quando os nossos desejos buscam por esse ente que nos parece único na vida, quando a nossa boca pede aquela boca. Mas não é isso o Amor? Em parte sim, mas continuo insatisfeito. Isso tudo, por si só, não é o verdadeiro Amor.

O Amor tem algo mais. O Amor tem uma capacidade de perdão superior à da dor do sofrimento. O Amor Ama mesmo quando os sentidos parecem perdidos. O Amor vive mesmo quando a razão nos diz o contrário. O Amor não depende da pessoa Amada. O Amor não depende sequer de vivermos esse Amor. O Amor sobrevive a tudo, até à própria morte. O Amor é eterno e nunca morre.

Por isso o Amor também é calma. Por isso o Amor também é PAZ. Por isso o Amor é plenitude e tranquilidade.

O que é então o Amor? O Amor é tudo isto. O Amor é um somatório de experiências, emoções, sentimentos, certezas, loucuras e calmarias. O Amor não é só algo que se sente, mas também algo que se vive, algo que se constrói, algo que dura, algo que permanece.

Hoje diverti-me a pensar numa analogia para o Amor. E descobri que o Amor é como a construção de uma casa. De nada adianta pensarmos só na decoração, que nos encanta, nos sensibiliza, nos toca os sentidos. Se as paredes tiverem humidades logo surgirão as infiltrações.

O Amor são as vigas, os alicerces e as paredes que sustentam a construção, os acabamentos que aperfeiçoam as impurezas, as portas que nos abrem para o Mundo, os retratos que fazem parte da nossa vida e do nosso Amor, a decoração que nos alegra a vida, os móveis que nos fazem sentir confortáveis, os electrodomésticos que nos facilitam a vida e a cama onde sonhamos.

De nada vale ao Amor estar incompleto. Viver no sonho de uma casa sem móveis não é confortável. Sem tecto é frio. Sem alicerces tudo se perde. Sem decoração tudo é tão triste. Sem janelas não se respira. Sem cama nunca será possível sonhar…

Assim, correndo o risco de ter sido longo demais, profundo demais ou incompreensível demais, concluo da forma mais fácil, lógica e óbvia.

AMO-TE…MUITO…

Obrigado por seres parte de mim e da minha vida…

Monday, January 26, 2009

Pediste-me uma carta?

Querida ,

Há um tempo atrás escreveste-me a dizer que esperavas por cartas de Amor. Dirigidas a ti, escritas para ti, sentidas por tua causa.

Desde o dia em que em escreveste que tenho pensado nesse pedido. Sabia que tinha de te escrever essa carta. Infelizmente o tempo disponível nem sempre tem permitido que eu me dedique a essa tarefa. Que precisa de inspiração, é certo, mas também atenção, dedicação e momento – se é que isso existe. Hoje tenho tudo comigo. Hoje estou pronto para te escrever uma carta. Se é de Amor ou não, veremos no final.

O tempo vai passando por nós, pelas nossas vidas, chega quase a nos atravessar, obrigando-nos a mudar, moldando-nos e fazendo com que vivamos emoções diferentes, tempos diferentes e até Amores diferentes. Estes últimos tempos foram turbulentos, foram violentos emocionalmente, foram dolorosos por vezes, mas foram repletos de sentimentos, alguns bons, outros nem por isso. Mas a vida é assim mesmo. E eu acredito que só vale a pena viver se for com o coração na boca, se for com a emoção à flor da pele, se for apaixonado pela vida, pelo que esta nos traz e pelo que nos rodeia.

Por tudo isto posso dizer que os últimos tempos têm valido a pena. Tempos esses que me têm inspirado mais do que outros, tempos esses que eu tenho vivido intensamente porque assim o sinto. Mas o tempo passa por nós. E leva-nos para outros tempos…

Em outras alturas da minha (nossa) vida, deixei que o tempo me levasse para longe, deixei que o tempo levasse essas minhas emoções e esses meus sentimentos para longe, deixei que o tempo me tornasse distante. Só que agora são outros tempos, agora não tenho nem quero mais tempo, agora quero aproveitar o tempo que me resta, seja ele qual for e quanto for.

Por isso fincarei os pés e não arredarei um só milímetro. Usarei de todas as forças que tenho e até das que não tenho para não perder um só segundo, um só momento, uma só fracção da emoção que quero, devo e tenho de viver. Estou pronto para pagar o preço de sentir assim – há um preço, sabias? – e, assim mesmo, não temerei nunca vir a sofrer, pois até esse sofrimento fará mais sentido do que me deixar levar pelo tempo e me estagnar algures por aí.

Queria que me Amasses. Que me Amasses apaixonadamente. Que te sentisses perdida sem mim. Que te faltasse o ar longe de mim. Queria fazer-te voar quando ao teu lado. Queria fazer com que sonhasses acordada. Queria provocar tempestades e trovões. Já não me chega gostares de mim e da minha companhia. Isso era noutros tempos…

Não me chega saber que temos uma vida em comum. Não me chega sentir o calor do teu corpo se a tua Alma não se incendeia. Não quero a tua presença se o teu coração vagar lá longe e o teu corpo apenas espera o tempo a passar…

O Amor é engraçado…E é um ciclo vicioso. Para cada gesto há sempre um retorno. É como uma semente lançada que se transforma em flor. Claro está que tudo será mais fácil quando o terreno é fértil. Assim, quando se tem essa sorte, o trabalho é menor. Quando assim não é, há que arar, regar e semear tantas vezes quantas possíveis. Mais cedo ou mais tarde…esse trabalho dará os seus frutos. No Amor ainda mais será assim.

Pretendo pois lançar mais e mais sementes e trabalhar arduamente para que nesse coraçaozinho surjam as flores mais bonitas do Mundo. Sei que terei sempre sucesso nesta tarefa, mesmo que não venha a ser eu a colher as flores…

Com um grande beijinho

P.

Tuesday, January 20, 2009

Esquece o meu nome

Minha Querida,

Esquece o meu nome e tudo o que ele representa. Esquece o meu rosto, as minhas feições, os olhos ternos com que tantas vezes te fitei. Esquece as minhas mãos e os meus braços e todos os momentos, se os houve, em que neles te enlacei. Esquece o meu sorriso, aquele sorriso quente e sentido de quem se sentia feliz ao teu lado. Esquece tudo aquilo que me liga ao Mundo e que, por ironia do destino, nos separa.

Mas lembra-te do Amor que te tenho, que te devoto, que te prometo. Lembra-te das palavras que eu procuro loucamente para loucamente te mostrar o quanto te Amo. Lembra-te dos sonhos que me fizeste sonhar, que te fiz sonhar, que sonhámos em conjunto. Lembra-te do Mundo que criámos para poder sobreviver ao Mundo frio que nos rejeita. Lembra-te de mim. Daquilo que sou e não daquilo que pareço.

Faças o que fizeres, caminho para ti. Inalteradamente para ti.

Esquece o meu nome

Minha Querida,

Esquece o meu nome e tudo o que ele representa. Esquece o meu rosto, as minhas feições, os olhos ternos com que tantas vezes te fitei. Esquece as minhas mãos e os meus braços e todos os momentos, se os houve, em que neles te enlacei. Esquece o meu sorriso, aquele sorriso quente e sentido de quem se sentia feliz ao teu lado. Esquece tudo aquilo que me liga ao Mundo e que, por ironia do destino, nos separa.

Mas lembra-te do Amor que te tenho, que te devoto, que te prometo. Lembra-te das palavras que eu procuro loucamente para loucamente te mostrar o quanto te Amo. Lembra-te dos sonhos que me fizeste sonhar, que te fiz sonhar, que sonhámos em conjunto. Lembra-te do Mundo que criámos para poder sobreviver ao Mundo frio que nos rejeita. Lembra-te de mim. Daquilo que sou e não daquilo que pareço.

Faças o que fizeres, caminho para ti. Inalteradamente para ti.

Esquece o meu nome

Minha Querida,

Esquece o meu nome e tudo o que ele representa. Esquece o meu rosto, as minhas feições, os olhos ternos com que tantas vezes te fitei. Esquece as minhas mãos e os meus braços e todos os momentos, se os houve, em que neles te enlacei. Esquece o meu sorriso, aquele sorriso quente e sentido de quem se sentia feliz ao teu lado. Esquece tudo aquilo que me liga ao Mundo e que, por ironia do destino, nos separa.

Mas lembra-te do Amor que te tenho, que te devoto, que te prometo. Lembra-te das palavras que eu procuro loucamente para loucamente te mostrar o quanto te Amo. Lembra-te dos sonhos que me fizeste sonhar, que te fiz sonhar, que sonhámos em conjunto. Lembra-te do Mundo que criámos para poder sobreviver ao Mundo frio que nos rejeita. Lembra-te de mim. Daquilo que sou e não daquilo que pareço.

Faças o que fizeres, caminho para ti. Inalteradamente para ti.

Friday, January 09, 2009

Baú de memórias

Meu Amor,

Por acaso, maldição ou, simplesmente, ironia do destino, tenho passado grande parte dos meus dias, afundado no baú das memórias que deixaste comigo. Tenho-me entretido a ler as palavras que trocámos de um lado para o outro, bem como algumas das centenas de cartas que te enviei e que não tiveram resposta. Também tenho viajado, com muita saudade confesso, por tantas e tão boas recordações que ainda estão tão vivas dentro do meu coração.

Porventura não imaginarás as vezes que me sentei para escrever. Porque tu sabes como eu preciso de escrever, não sabes? De cada vez que o tentei, nada me saía, as parcas palavras que fui capaz de escrever dissolveram-se quase imediatamente em frente aos meus olhos. Porque não eram sentidas, porque eram insignificantes, porque não tinham para mim qualquer valor.

Como me dói esta sensação de impotência, de precisar de escrever e não ser capaz de o fazer, de nada fazer sentido. Dói-me não sentir o coração a bater, descompassado.

Mas ler-te…ou reler-te…transforma toda a minha vida. Ainda que saiba que és uma ilusão por mim criada, ainda que te sinta como uma droga malfadada que teima em não abandonar a minha Alma, ainda que não te ouça, veja ou leia. Mesmo assim, entrego-me de corpo e Alma a esse sonho.

Fazes-me sorrir. Por dentro, como se uma chama me aquecesse a Alma e me tornasse imune ao Mundo que me rodeia. Fazes-me chorar. De emoção, porque inexplicavelmente sei que ainda me Amas. Fazes-me sentir. O bater do coração, o pulsar de sangue nas minhas veias, as palavras que jorram pelos meus dedos, palavras essas que, pela sua profundidade, se tornam eternas. E fazes-me viver. Ao invés de sobreviver que é o que faço sem ti.

Hoje, pouco sei de ti. Não sei onde andas, o que fazes, o que sentes. As poucas palavras que hoje em dia trocamos não têm a doçura de outrora. Os sentimentos públicos entre nós, se os há, são tão banais que me envergonho de lhes chamar sentimentos. Mas a verdade, minha Querida, a verdade da qual nem eu, nem tu poderemos fugir, a verdade em que apenas eu acredito, é que o Amor que nos une é mais forte do que algum dia imaginámos. O Amor que nos une, apesar do tempo e do espaço, é maior do que a própria vida. Por isso…