Friday, September 23, 2005

Claro que ainda te Amo

Claro que ainda te Amo…E Amar-te-ei até ao último dos meus dias. E depois deste, continuarei a Amar-te…

Por mais que a vida, o mundo, a sociedade, todos juntos me afastem deste Amor e me levem para longe, não posso fugir ao meu mais íntimo e escondido sentimento. Sozinha, longe dos olhos e ouvidos das pessoas que não me compreendem, nem nunca compreenderão, Amo-te em silêncio, baixinho para ninguém ouvir. Nem tu, meu Orfeu, és capaz de perceber esse sentimento. Mas eu sinto-o, ardente dentro da minha Alma, a queimar-me por dentro, mas aquecendo os meus sentidos e dando uma estúpida razão à minha vida.

Claro que ainda te Amo…Mesmo que saiba que estou obrigada a guardar esse Amor só para mim, que o partilharei apenas comigo mesma, que não o confessarei a ninguém.

Mas isso nunca poderá diminuir a intensidade, o peso, a força e o valor deste Amor. Antes pelo contrário…Eu Amo e não quero Amar. Longe de ti, das tuas palavras, dos teus olhos, das tuas mãos que quase me tocam sem me alcançar, do teu Amor, de que me serve Amar assim? Mas Amo…Não porque queira, mas porque este Amor já fugiu de mim. Já não é apenas o Amor que eu tenho. Tornou-se algo que me supera e supera a minha própria vontade…

Claro que ainda te Amo…Em sonhos, nas minhas mais loucas e absurdas fantasias. Num Mundo que criei só para nós dois e onde somos felizes. E esse Mundo, que teoricamente não passa de uma ilusão, é muitas vezes o meu refúgio, o meu canto, o lugar onde posso ser verdadeiramente eu. Lá, não me escondo de nada. Lá, nada temo. Lá, sinto-me em Paz, mesmo que euforicamente apaixonada…

A chamada realidade é apenas um dos universos em que vivemos. Apenas nesse não te posso Amar. Apenas nesse não te digo a toda a hora que te Amo. Apenas nesse não sou capaz de te fazer feliz. Desejo, sonho e acredito que naquele Mundo que eu inventei, não para mim mas para nós dois, sou capaz de te fazer feliz…Quem me dera ver-te feliz…