Friday, June 29, 2007

Eu acredito em magia

Meu Amor,

Acreditas em Magia? Naqueles momentos em que, por artes que tu e eu desconhecemos (desconhecemos?), tudo se transforma sem que sejamos capazes de dar por isso?

Agora imagina que lês e relês todas as cartas de Amor que aqui escrevi e que, de repente, num desses passes de magia, finalmente percebes que todas elas te são dedicadas. E que nesse momento mágico – pelo menos para mim – consegues sentir todo o Amor que eu sempre te quis enviar sem saber como. E que por um breve instante os nossos corações se tocam. Assim, à distância, sem que os nossos olhos sequer se cruzem.

Diz-me: o que farias? Ficarias lisonjeada e orgulhosa por seres a razão de todo este sentir? Serias capaz de me Amar de volta? Fugirias a sete pés deste louco apaixonado? Procurarias a minha boca sôfrega por te beijar? Rejeitarias este Amor honesto e desinteressado? Chorarias de comoção? Ririas de mim? Diz-me...

Todas as cartas que te escrevi (sim, te escrevi) encerram em si um pouco da minha Alma, muitos dos meus sentimentos, sonhos perdidos, beijos lançados ao ar, mãos estendidas, apelos, tantos apelos, abraços dados ao desbarato, promessas de Amor eterno. Tanta coisa deu origem a estas palavras, tantas coisas querem estas palavras dizer. E, no entanto, com o tempo as palavras passam, ficam gastas de tanto lidas, esquecidas mofam nos cantos, perdem-se no esquecimento daquelas que não foram por elas encontradas. Mas e tu? Tu, que és a sua verdadeira dona; tu, que és a razão de ser destas palavras; tu, que nasceste para ouvir da minha voz as mais belas declarações de Amor, que farás tu com esta Magia que te entrego agora de mão beijada?

Tuesday, June 26, 2007

Não julgues...

Não julgues que te Amo por obrigação. Porque a isso me comprometi, porque te jurei eterno Amor. Ainda que isso tivesse algo de louvável, não é certamente essa a razão do Amor que te tenho.

Não penses que te Amo por qualquer tipo de masoquismo poético. Porque me fascina o Amor doído, saudoso, inatingível e impossível. Ainda que esses sentimentos fossem inspiradores, não são esses que me conduzem.

Não vejas no meu Amor algo do destino. Algo do qual não seja capaz de fugir, algo escrito, predestinado, definido sem que eu - ou tu – tenha qualquer tipo de influência. Ainda que isso aliviasse a minha consciência, não sei se o destino teria força para este Amor.

Não olhes para o meu Amor como fruto de uma loucura interminável. Como se tivesse sido a falta da razão a causa deste Amor. Talvez o contrário... Ainda que admita por vezes a coexistência do Amor e da loucura, acredita que não me sinto nem mais nem menos louco do que antes de te Amar.

Não procures razões, causas, lógicas, questões, explicações para este Amor. Ou para qualquer Amor verdadeiro que te tenham. Ou que sejas capaz de ter.

Não sei porque te Amo. Mas sei que Amo. Sei como me sinto por dentro quando ouço a tua voz, quando te leio, quando te sonho. Conheço a sede que tenho de ti, do teu Amor, do teu carinho, dos teus sonhos. Respiro-te diariamente através de todos os poros da minha existência. Existes dentro de mim a cada batida do meu coração. Alojaste-te no mais recôndito esconderijo da minha Alma e pairas hoje em tudo o que eu seja capaz de sentir. Não existe qualquer segundo sem que permaneças dentro de mim e comigo.

Por tudo isto, e por tanto mais que nunca seria capaz de te explicar, não disseques nem analises o meu Amor por ti. Não te peço que me compreendas. Não te peço que aceites. Não te peço que me Ames. Apenas te peço que não penses...