Monday, November 22, 2004

Sonho...

Eurídice,

Ontem, enquanto dormia, sonhei contigo…

Sonhei que nos encontrávamos, sonhei que nos abraçávamos, sonhei que nos amávamos. O lugar onde estávamos era perfeitamente secundário. Para te ser o mais honesto possível a lembrança que guardo desse lugar, onde nunca estive senão em sonhos, é a de um espaço escuro, sujo, acanhado. E no entanto como me bateu mais depressa o coração porque te vi. Como me senti a explodir de emoção por finalmente te ter nos meus braços. Como me soube a paraíso aquele lugar que mais se assemelharia ao Inferno.

Foi um sonho. Não apenas um sonho acto de sonhar, mas também um sonho que se deseja que se vive, daqueles que as crianças vivem quotidianamente. Sonham em voar, sonham com príncipes e princesas, sonham que são crescidos. Eu sonho contigo Eurídice. Que outra maneira tenho eu de estar mais próximo? Que caminho tenho eu para te encontrar? Sonho…

Acordei algo perdido entre esse sonho e a realidade, mas com a sensação bem viva de te ter visto, de ter estado ao teu lado. E essa sensação era rica, forte, intensa. A realidade apenas serve para me retirar desse estado de espírito que me faz voar. A realidade só serve para me afastar do sonho que tu és e que sempre foste. Um sonho…Mas que eu tanto gosto de sonhar…

Dói acordar e ver que não existes dentro dessa realidade em que me obrigam a viver. Dói sentir que só em sonhos te poderei rever nos braços meus. Dói-me saber que tenho de acordar e dizer-te Adeus…

Thursday, September 30, 2004

Poesia rasgada

Não te escrevo nunca mais!
Palavras de Amor, claro está.
Posso perguntar-te como vais,
Tratar-te como às pessoas normais
Endeusar-te já não dá
E Amar-te? Jamais!

Desculpa, não sei o que me deu
Simplesmente passou a vontade
Não és tu a culpada sou eu
Mas foi só um momento que se perdeu
E o momento que passou? Foi de verdade?
O que quer que tenha sido…morreu

Digo-te isto sem qualquer tristeza
Nem mágoa no coração
A paixão tem essa beleza
Por ser livre e nunca presa
Às vezes surge e noutras…não
E é sempre uma surpresa.

Por isso desejo-te um bom dia
Pois sou cortês e delicado
Mas sei que se passar mais um dia
O coração chama-me e assobia
E ao olhar para ti, apaixonado,
Rasgarei esta poesia…

Tuesday, September 21, 2004

Dava tudo no Mundo para te ver sorrir

Dava tudo no Mundo para te ver sorrir
Não uma vez apenas mas todos os dias da minha vida
Olhar fundo nos teus olhos sem eles poderem fugir
Tomar-te nos meus braços e o teu corpo sentir
Encostado ao meu numa paixão sentida

E ali calado ouvir o teu coração falar
Confessando sem vergonha todo o seu Amor
Cabeça no teu colo tentando acreditar
Beliscando-me para saber que não estou a sonhar
Sou eu quem tu Amas ? Diz-me por favor.

Ao dizeres-me que sim acalma-se o Mar
O céu fica limpo e já se vê a Lua
Amor meu vou levar-te comigo a voar
Nos meus braços apertados enquanto te Amar
Sussurando-te ao ouvido: a minha vida é tua.

Monday, September 13, 2004

Cansado

Minha Querida,

Perdoa-me já não te saber escrever. Perdi as forças, perdi o ânino, perdi o encanto. Perdi-me...No exacto momento em que te consegui alcançar. Ou tocar. De leve...Para depois cair num buraco onde a luz não parece chegar. Essa luz que me dava alento. Essa luz que me fazia sorrir. Essa luz que me fazia sonhar. Essa luz que vinha de ti e era toda tua.

Agora sinto falta. Tenho medo de sair e encontrar outro Mundo. Um Mundo mais triste, um Mundo sem Sol. Ao menos aqui neste buraco posso pensar que ainda existes algures e que só morreste para mim. Mas ainda brilhas.

Mas e se deixaste mesmo de brilhar? Se eu saio e descubro que o teu brilho desapareceu? De alguma forma misteriosa desapareceu? Qual seria a razão da minha existência? E desse Amor que te devotei e devoto?

Por isso perdoa-me. Vou ficar por aqui escondido. Agarrado aos meus sonhos. Agarrado aquilo em que ainda acredito, mesmo que atemorizado pela hipótese de só acreditar em ilusões.

Ao menos aqui ainda te Amo...
Minha Querida,


Perdoa-me já não te saber escrever. Perdi as forças, perdi o ânino, perdi o encanto. Perdi-me...No exacto momento em que te consegui alcançar. Ou tocar. De leve...Para depois cair num buraco onde a luz não parece chegar. Essa luz que me dava alento. Essa luz que me fazia sorrir. Essa luz que me fazia sonhar. Essa luz que vinha de ti e era toda tua.

Agora sinto falta. Tenho medo de sair e encontrar outro Mundo. Um Mundo mais triste, um Mundo sem Sol. Ao menos aqui neste buraco posso pensar que ainda existes algures e que só morreste para mim. Mas ainda brilhas.

Mas e se deixaste mesmo de brilhar? Se eu saio e descubro que o teu brilho desapareceu? De alguma forma misteriosa desapareceu? Qual seria a razão da minha existência? E desse Amor que te devotei e devoto?

Por isso perdoa-me. Vou ficar por aqui escondido. Agarrado aos meus sonhos. Agarrado aquilo em que ainda acredito, mesmo que atemorizado pela hipótese de só acreditar em ilusões.

Mas aqui Amo-te...

Come What May

Never knew I could feel like this
Like I've never seen the sky before
I want to vanish inside your kiss
Every day I'm loving you more and more

Listen to my heart, can you hear it sings
Telling me to give you everything
Seasons may change, winter to spring
But I love you until the end of time

Come what may
Come what may
I will love you until my dying day

Suddenly the world seems such a perfect place
Suddenly it moves with such a perfect grace
Suddenly my life doesn't seem such a waste
It all revolves around you

And there's no mountain too high
No river too wide
Sing out this song and I'll be there by your side
Storm clouds may gather
And stars may collide
But I love you until the end of time
Come what may
Come what may
I will love you until my dying day

Oh, come what may, come what may
I will love you, I will love you
Suddenly the world seems such a perfect place
Come what may
Come what may
I will love you until my dying day

Saturday, September 11, 2004

Jura Secreta

Sueli Costa & Abel Silva

Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que eu não roubei
A jura secreta que eu não fiz
A briga de amor que eu não causei

Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que quero me suprime
Do que por não saber que ainda não quis

Só uma palavra me devora
Aquela que o meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofri

Friday, September 10, 2004

Tanto que eu tinha para te dizer...

Julieta,

Tinha tanto para te dizer. Tinha tanto para te mostrar. Mas não te vejo...Não sei onde estás...

Os meus olhos já se cansaram de te procurar. Os meus sentidos e a razão dizem-me para desistir, mas o meu coração...esse tonto...insiste em ficar à tua espera. Insiste em permanecer, tal qual cão fiel e obediente, a olhar para uma porta, pela qual eu sei perfeitamente que nunca entrarás. Mas o meu coração...esse acredita. Por vezes sorrio compadecidamente e tenho pena dele. Noutras ocasiões dou por mim a ter pena da razão e de todas as pessoas que se subjugam a ela e não conseguem olhar o que os olhos não vêem. Ou a ter pena de mim...

Mas o problema é que eu tenho cá dentro tanto para te dar. Em palavras, em gestos, em carinho, em manifestações de Amor. O que faço? Não posso abdicar de tudo o que sinto. Ou, pior ainda, não posso deitar tudo ao Mar ou entregar a outra que não seja a destinatária destas afeições. Mas se os retiver cá dentro, esses sentimentos estagnam, esmorecem, apodrecem.

Então escrevo-te. Escrevo-te como se soubesse que agora mesmo lerias estas linhas. Escrevo-te como se tivesse a certeza que sentirias tudo o que sinto. Escrevo-te como se as palavras se transformassem em Rosas, as frases em beijos e o texto numa forma que encontro de expressar o meu Amor.

Podes questionar se te Amo. Alguma vez deixei de te Amar? Eu sinto-te dentro de mim, como se vivesses ao meu lado. Sinto-te dentro de mim, como se te desse a mão enquanto me deito. Sinto-te dentro de mim como se fizesse parte da tua vida.

Só que às vezes a realidade surge como um pesadelo fantasmagórico que me mostra o Mundo sem ti. A realidade da tua ausência surge como a sombra que apaga a tua presença no meu coração. A realidade esforça-se por mostrar como o meu coração é ridículo por esperar por ti. Às vezes sinto-o triste e desanimado. Como se até ele começasse a perder as forças e a fé. Até que ele ouve passos, que na maior parte das vezes não são os teus, e sente de novo o pulsar, a esperança e a vida. E continua a esperar por ti...

...

A minha Alma? Rasguei.
Os meus sonhos? Desfiz.
O meu sorriso? Não sei...
A minha Paz? Não quis.

O teu olhar? Perdi.
O olhar dela? Guardei.
O Paraíso? Eu vi.
Ao Inferno? Voltei.

O meu Amor? Fez-me sofrer.
O teu Amor? Fez-me sonhar.
O meu pedido? Quero viver?
O meu maior medo? Deixar de Amar.

Quem sou eu? Acho que nada.
E aos teus olhos? Nada eu sou.
Se tu fores noite? Sou madrugada.
Se eu surgir? Tudo acabou...

Thursday, September 09, 2004

Fico assim sem você...

Adriana Calcanhoto

Avião sem asa, fogueira sem brasa,
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola,
Piu-piu sem frajola
Sou eu assim sem você.

Por que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim.

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem abraço
Sou eu assim sem você

Tô louco pra te ver chegar
Tô louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo.

Porquê? Porquê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim.

Eu não existo longe de você
E a solidão é meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo.

Porquê?

Monday, August 23, 2004

Para a mulher da minha vida...

Mulher da minha vida,

Acredito que nem tu saibas que és a mulher da minha vida...Se eu o não sei, como é que haverias de ser tu a decifrar este meu coração que mais não é do que uma máquina encriptada que nem eu mesmo consigo entender. Mas és...

Decerto perguntar-te-ás como é que eu, que não tenho certeza de nada, muito menos de seres a mulher da minha vida, digo-o e afirmo-o tão peremptoriamente. Estarei a ser contraditório? Obviamente que sim...Quando o não fui? Por isso tenho tanta certeza...

Se eu afirmasse que eras a mulher da minha vida e racionalmente o comprovasse, com mil e uma teorias, com equações, com teoremas, com argumentos que fizessem com que até eu, que duvido de tudo, acreditasse em mim próprio, aí sim teria as maiores dúvidas. Assim como assim, não tenho a certeza que o sejas, por isso posso senti-lo. Não sei porque é que o digo, simplesmente apeteceu-me dizê-lo. Apeteceu-me escrever-te esta carta só para to dizer: és a mulher da minha vida. Sabe-me bem escrever estas linhas e puder admitir assim sem sequer pensar no que estou a escrever. Queres declaração de Amor mais genuína?

Poderia escrever Odes de Amor, pensar poemas - que, só por essa razão não seriam grandes poesias -, fazer-te discursos. E de que valeria tudo isso? Feitos com a cabeça e sem alma? Deixa-te disso. Para que precisas disso quando és a mulher da minha vida? Podes estar certa disso, mesmo que eu o não esteja.

O Amor...Ai, o Amor...Quem me dissesse que a sua força era tanta chamar-lhe-ia mentiroso. Ou mentirosa se fosses tu. Mas eu vivo-o. Ou sinto-o, se preferires. Deu-me tudo, tirou-me tudo. Voei e caí. Voltei a voar e voltei a cair. O que me sobrou? Tudo o que sou...Valho alguma coisa? Não sei...terás de ser tu a responder. Afinal és tu a mulher da minha vida...

Ainda que mal te pergunte

Fernando Pessoa

Ainda que mal te pergunte,
Ainda que mal respondas;
Ainda que mal te entenda,
Ainda que mal repitas;
Ainda que mal insistas,
Ainda que mal desculpes;
Ainda que mal me exprima,
Ainda que mal me julgues;
Ainda que mal me mostre,
Ainda que mal te encare,
Ainda que mal te furtes;
Ainda que mal te siga,
Ainda que mal te voltes;
Ainda que mal te ame,
Ainda que mal o saibas;
Ainda que mal te agarre,
Ainda que mal te mates;
Ainda assim, pergunto: Me amas?
E me queimando em teu peito
Me salvo e me dano...
...de AMOR!!!

Wednesday, August 18, 2004

Amo-te

A M O – T E!!!!

Com todas as letras desta palavra.
Não to consigo esconder.
Nem quero, porque o haveria de querer?
Amar é viver, é querer, é sonhar,
É não saber o que fazer, logo ter de inventar.
É ser levado numa aventura tão errante
Ser Rei, mendigo, ser louco e amante.
Rasgam-se almas e sangra-se com dor?
É o preço que se paga para viver o Amor.
Sem essa força de que me adianta viver?
De que me adianta olhar a vida, esperando morrer?
Quero sentir a minha Alma a bater acelerada.
Quero desesperar, porque sem ti não sou nada.
Quero estar vivo, se valer a pena viver,
Mas a Alma só vive se algo a faz bater.
E és tu a razão desta minha euforia.
Não me perguntes porquê, eu não saberia
Responder a essa tua questão
No Amor alguma vez existiu a razão?
Não te peço nada, sei que nada terei.
Só quero que saibas como eu tanto te Amei,
Como Amo e sei que sempre Amarei.

Friday, August 13, 2004

Onde estavas, lugar?

Arnaldo Antunes
onde estavas, lugar?
em que chão, em que ar?
onde fostes depois de me abandonar?

onde estavas, manhã?
em que céu, em que mar?
onde fostes depois de me apaixonar?

por que veio se foi
para ir, por que foi
que você me deixou tão sozinho?

por que não demorou
mais um um pouco e deixou
que eu achasse de novo o caminho?

não devias partir
como podes partir?
por que não duraste a vida inteira?

se apenas em ti
alegria senti
ao mirar tua luz derradeira

Wednesday, August 04, 2004

Desfeito

Queria desfazer-me em letras e palavras,
Colocar-me num envelope e remetê-lo logo para ti.
Se o recebesses aposto que não hesitavas
Lias-me de lés a lés
Da cabeça à ponta dos pés
E eu te diria assim

Tão grande é este meu Amor
Que para estar eu ao teu lado
Cometo qualquer horror
Até ficar despedaçado
Em mil palavras em teu louvor
E então completamente estraçalhado
Ficarei feliz a sorrir
Enquanto me lês antes de dormir

Já viste que delícia seria,
Teres-me assim ao alcance da tua mão?
Sei bem que é tudo uma fantasia
Mas tinha graça, não tinha?
Olhares os meus olhos no meio de uma linha
E a minha boca no ponto de exclamação

Podias usar-me quando quisesses
Se preferisses poderias descansar
Dizia Amo-te, quer lesses ou não lesses,
Ninguém te proibiria de me Amar
E não importa o que de mim fizesses
As palavras haverias sempre de as guardar
Por isso guarda este poema...já estou desfeito
Vou mandar-to, guarda-o juntinho ao teu peito.

E se um dia te sentires só e abandonada
Relê este poema e tenta apenas me entender
Não sou mais do que uma alma apaixonada
Amo-te mais do que devia
Hoje, amanhã, no outro dia
E até ao dia em que morrer.

Aguardo...

Meu Anjo,

Não te tenho procurado. Talvez porque nem seja capaz de me encontrar. Não sei...

Mas sinto a tua falta. Sinto a tua falta como se precisasse de encontrar um sentido para esta vida. E em sonhos tu és esse sentido. Tu és o meu Norte, meu Sul, meu Este e meu Oeste. Tu estás presente em todo o lado e para onde quer que eu olhe. Mas sinto a tua falta.

Estás demasiado longe para me abraçar. Estás demasiado longe para me acarinhares. E eu preciso tanto desses abraços e desses carinhos.

Ainda não será hoje que eu te procurarei. Não estou pronto. Tenho de estar em condições quando te encontrar.

Aguardo...

Monday, July 12, 2004

Once I Was

Tim Buckley

Once I was a soldier
And I fought on foreign sands for you
Once I was a hunter
And I brought home fresh meat for you
Once I was a lover
And I searched behind your eyes for you
And soon there'll be another
To tell you I was just a lie

And sometimes I wonder
Just for a while
Will you remember me

And though you have forgotten
All of our rubbish dreams
I find myself searching
Through the ashes of our ruins
For the days when we smiled
And the hours that ran wild
With the magic of our eyes
And the silence of our words

And sometimes I wonder
Just for a while
Will you remember me

Porque Será?

Vinicius de Moraes

Por que será
Que eu ando triste por te adorar?
Por que será
Que a vida insiste em se mostrar
Mais distraída dentro de um bar
Por que será?

Por que será
Que o nosso assunto já se acabou?
Por que será
Que o que era junto se separou
E o que era muito se definhou
Por que será?

Eu, quantas vezes
Me sento à mesa de algum lugar
Falando coisas só por falar
Adiando a hora de te encontrar

É muito triste
Quando se sente tudo morrer
E ainda existe o amor
Que mente para esconder
Que o amor presente
Não tem mais nada para dizer
Por que será?

Saturday, July 10, 2004

Poema...

Concede-me um só desejo e eu sem hesitar
Escolherei para sempre fazer parte da tua vida
Mas não o quero fazer da forma mais vulgar
Tenta ver este desejo da forma mais sentida

Não me basta ter-te sempre ao meu lado
Quero viver bem dentro do teu coração
Quero que nele me guardes e ali bem apertado
Eu sinta tudo o que sentes sem sequer ter outra opção

Sorrir quando sorris. E quando chorares...chorar
Que prisão tão linda. Que doce este sofrer
Estar sempre perto de ti sem precisar de sonhar
Mas ser parte de ti e poder viver o teu viver

Deixar de ser eu para depois te poder ser
Esquecer o meu Mundo e viver apenas o teu
Embalar-me nos teus sonhos quando estás a adormecer
Transformar-me em ti e esquecer que já fui eu

Se te assusta este Amor e te sentes apavorada
Não fujas, pára, escuta o teu coração
A minha alma reage assim porque está apaixonada
E ser parte da tua é a sua única razão.

A razão de ser deste Blogue

À semelhança do que acontece com o Pai Natal, diversas pessoas escrevem para a "Julieta Capuleto". Pessoas anónimas, românticas. sonhadoras, na procura de alguma ajuda de uma personagem com quem se sentiriam identificadas.

Um Professor de Verona - não sei explicar bem como nem porquê - começou a responder a essas cartas.

Não sei se o objectivo dele era ajudar essas pessoas ou se também ele precisava de viver o sonho e romantismo da "Julieta Capuleto".

Uma vez que eu não fujo à regra, também sou sonhador, romântico e sinto-me por vezes perdido neste Mundo e neste vida. Assim, pensei que deveria fazer o circuito inverso e escrever cartas para as Julietas deste Mundo.

Algumas terão destinatárias precisas - ainda que estejam ocultas e nem sequer venham a saber que o são - enquanto outras serão dirigidas em abstracto às mulheres que merecem todas as declarações de Amor...

Por tudo isto, posso dizer que este Blogue é dedicado a todas as mulheres que Amo, Amei, Amarei. A todas as que fizeram, fazem ou farão parte da minha vida. E a todas as desconhecidas que precisem de sonhar, Amar e...voar