Thursday, December 04, 2008

Sem ti...

Meu Amor,

Já não consigo sequer contar os dias em que tentei iniciar esta carta que, só agora, te escrevo. Sozinho com os meus pensamentos vi, vezes sem conta, esta folha de papel, branca, vazia. E eu, inerte, parado, estático a olhar para ela na esperança de ser capaz de a pintar de palavras e sentimentos. Aquelas palavras e sentimentos que eu nunca deixei de sentir mas que, pela razão que tu e eu tão bem sabemos, têm ficado presas na minha garganta, nos meus dedos, na minha Alma.

Tempos houve em que me bastava sentar e deixar que o coração me ditasse palavra por palavra tudo quanto te queria dizer. Mas hoje, o mesmo coração, sem ter deixado de sentir, esconde-me essas palavras, refugiando-se na penumbra. Não sei se o faz para evitar que eu sofra, se o faz em legítima defesa. O que sei é que me dói a ausência das palavras. Porque elas continuam cá dentro: vivas, incandescentes e latejantes.

O teu silêncio, a tua ausência, os teus olhos a fugirem dos meus trouxeram-me para este beco sem saída (haverá saída???). De tanto gritar sem resposta, o meu coração cansou-se, resignou-se, desistiu. E, sem ele, sou incompleto. Sou uma pálida imagem daquele que outrora te escrevia.

Não sei para onde me dirijo. Sigo cego, às apalpadelas, deixando que a corrente me leve, na esperança de que algures te reencontre e recupere este coração que agora anda perdido.

Perdoa-me a escassez de palavras, perdoa-me a inócua carta que te escrevo, perdoa a minha falta de inspiração. Sem ti tudo é mais difícil. E tu bem sabes como me bastaria uma palavra tua…

Friday, October 24, 2008

Minha Saudade

Minha Querida,

Há uns dias atrás li uma frase, incluída numa letra de uma música brasileira (João Donato/João Gilberto) que me chamou a atenção. Diz o seguinte:

“Eu já me acostumei
A viver sem teu amor
Mas só não consegui
Foi viver sem ter saudade”

Escuso de te dizer que, de uma forma imediata e instantânea, fui teletrasportado para junto de ti. Ou para o passado, em que a tua presença era uma constante na minha vida. Sorri. Sorrio sempre com as boas recordações. Sorrio sempre com as saudades.

De facto, já me acostumei a viver sem o teu amor. Habituei-me à tua ausência, ao teu silêncio, ao facto de te teres eclipsado do Mundo (do meu Mundo pelo menos). Tempos houve em que ainda tentei saber de ti, em que te procurei, em que insisti na busca de algo que já não existia. Mas hoje…já não o faço. Não te procuro porque sei que não te encontrarei. Porque não queres ser encontrada. (Porque não existes?)

E assim sigo a minha vida. Independente da tua. Independentemente dos teus dias serem melhores ou piores. Independentemente de sorrires ou chorares (não sei se serás capaz de alguma delas). Nada espero, porque nada terei.

E, no entanto, de repente, do nada, surgem as saudades, as tais saudades que ainda te mantêm viva. Não sei onde estás, como estás, com quem estás. Não quero saber. Não me apoquenta, como outrora, a tua vida quotidiana. Mas a marca que deixaste em mim, em mim ainda está presente. Talvez ouse dizer que essa marca não corresponde exactamente à tua pessoa, mas à imagem que eu fui construindo aqui dentro, com carinho, com Amor. Essa imagem jamais será apagada, diminuída, desprezada ou destruída. Faz parte daquilo que sou ou que serei. É como uma fotografia do passado que, sei bem, jamais voltará.

Gosto de rever essa fotografia. Gosto de me relembrar desse passado. Gosto de avivar as saudades - que nunca se saciam – que tenho dos tempos em que jurámos Amor eterno, das palavras que trocámos em profusão, dos Amores e desamores que nos permitimos entregar um ao outro, da vida que, separados, vivemos em conjunto.

Não sei se algum dia te reencontrarei. Não sei se te reconhecerei. Não sei se nos cruzaremos indiferentes ao passar lado a lado no mesmo caminho. Nunca tive qualquer talento para prever o futuro. O que sei, porque o meu maior talento será ouvir o que o meu coração me diz, é que haverá sempre um momento em que olharei novamente para o passado, recuperarei o Amor que te jurei e, ao lembrar-me de tudo o que me permitiste sentir e viver, sorrirei. E, levado pelas saudades, dir-te-ei, de uma forma tão genuína, honesta e sentida quanto a que tive no passado: Amo-te. Muito.

Thursday, October 16, 2008

Sonhos

Meu Amor, Minha Querida, Meu Anjo,

Escrevo-te num apelo genuíno, sentido e sincero. Escrevo-te porque me preocupo contigo, com a tua capacidade de sofrer e de Amar, com as reticências que vais adquirindo à medida que cresces e temes sonhar.

Porque é que deixas que a vida te ultrapasse – e aos teus sonhos – e te leve por caminhos que, embora te pareçam menos tortuosos, são frios e desprovidos de qualquer emoção? Porque raio teimas em ver os sonhos como algo negativo? Porque diabo passaste a achar que os sonhos são apenas uma ficção?

Não percebes que vivo desses sonhos e nesses sonhos? Acaso quererás que eu desapareça de vez? Não entendes que são esses sonhos que me permitem que eu te veja, que eu te abrace, que eu te beije, que eu te Ame? Que seria de mim, pobre de mim, se nem nos sonhos te tivesse?

Custa acordar, bem sei. Custa olharmos para o Mundo e parecer-nos que aqui os sonhos já não têm lugar. Mas não terão? Será que para ti apenas a realidade, dura e crua, conta? Será que apenas conta aquilo que vemos, ouvimos ou saboreamos? Será que aquilo que sentimos passou para segundo plano?

Tu sabes, tão bem quanto eu, como és capaz de sentir. De uma forma tão intensa que vês, ouves e saboreias tudo aquilo que os teus sentidos mais básicos como a visão, a audição e o gosto não te conseguem transmitir. Que seria dos cegos e dos surdos se se limitassem a usar (não usar) esses sentidos? Por força da natureza, são obrigados a usar outros artifícios para absorver o Mundo à sua volta.

No fundo, é só isso que te peço: que não te limites ao que é palpável, aquilo que o Mundo te diz que é aceitável, aquilo que a sociedade convencionou como real, às regras e procedimentos que definimos como dogmas. Deixa-te disso… Sente o teu coração. Acima de tudo, sente-o… E sonha… Deixa-te vagar ao sabor dos teus sonhos. Deixa que esses sonhos substituam todos os teus sentidos. Deixa que os sonhos tomem conta da tua vida nem que sejam apenas cinco minutos por dia. Aos poucos estou certo que perceberás que este Mundo é mais do que este Mundo, que os nossos sentimentos são capazes dos mais prodigiosos milagres quando os colocamos no devido lugar de destaque e que nada, nada mesmo, suplanta a nossa capacidade de Amar.

Neste preciso momento, em que te escrevo estas palavras, gostaria muito de te poder abraçar, de te envolver nos meus braços, de sorver a tua Alma num beijo apaixonado e de te levar comigo pelo Mundo afora dentro do teu corpo. Porventura dir-me-ás ser impossível. Responder-te-ei em silêncio…

Neste momento…sonho…

Friday, October 03, 2008

Lindo Dia!!!

Meu Amor,

Que lindo dia amanheceu hoje!!! Quando saí à rua deixei-me invadir pelo ar que circulava, pelo Sol que despontava, pelo chilrear dos pássaros que, animadamente, cantavam – como eu te canto agora – a alegria de estar vivos. De repente, não sei se metamorfoseado com tanta energia positiva, se apenas porque sou viciado em ti, senti uma necessidade enorme de te escrever. E vim a correr, tão depressa quanto pude, para esta máquina que, infelizmente, nunca é capaz de responder a tudo quanto gostaria de te dizer. Entenda-se que a culpa nunca é do equipamento mas de quem o usa…

Nesta ansiedade, dei por mim a pensar no bom que seria sermos capazes de instalar, de um lado e do outro, uma espécie de “telefone vermelho” sentimental que, de uma forma directa e sem interferências, ligasse os nossos corações. Já viste como seria? Imaginas os milhões de cartas de Amor que perdi (perdeste?) por não haver tal equipamento? Tantas e tantas cartas que teria sido capaz de te escrever se não estivesse tão dependente das letras, das palavras e do tempo, maldito tempo, que nunca pára.

Mas, deixemos de lado essas cartas que ficaram pelo caminho (talvez um dia regressem e eu seja capaz de tas escrever) e preocupemo-nos com esta.

No fundo, mais não queria do que partilhar contigo o meu coração. Mas não o coração angustiado, por vezes pesaroso, que se lamenta e queixa de saudades. O coração que eu hoje te queria dar, e que é o mesmo afinal, é um coração alegre, vivo, confiante. Um coração que sabe o quanto vale estar vivo. Um coração que sente que, independentemente de qualquer dor que nos ataque pelo caminho, nada é mais importante do que o Amor. Nada é mais importante do que Amar.

Por isso sorrio enquanto te escrevo. Por isso sei que sorrirás ao leres estas palavras. Por isso te canto, sem qualquer melodia inerente, todas estas palavras que formam uma bela e sentida canção.

Apenas te peço uma coisa: que leias com atenção o que escrevi, que releias se for caso disso, que abras o teu coração e sintas também tu o Sol, o Ar e o chilrear dos pássaros. E, se por força de toda esta energia, também fores capaz de sorrir, não guardes esse sorriso para ti. Partilha-o com o Mundo à tua volta. Mais cedo ou mais tarde alguém sorrirá de volta para mim. E aí eu saberei que tu me Amas de verdade.

Do teu, sempre teu,

Poeta Aprendiz

Friday, September 19, 2008

Sem título...

Minha Querida,

Escrevo-te. Não sei bem porquê. Acho que te escrevo porque tenho saudades daquele que sente tanto quando te escreve. Aquele que, por esta ou por aquela razão, se vai perdendo no emaranhado das coisas fúteis e desnecessárias que somos obrigados a fazer no dia a dia. Aquele que pelas razões que sobejamente conheces, perdeu em ti um pedaço enorme (irrecuperável?) do coração.

Por isso há dias – hoje é um deles – em que tenho de te escrever. Mesmo que saiba que não me lerás, mesmo que saiba que não terei qualquer resposta. Independentemente de tudo o resto, escrevo-te porque gosto mais de mim assim.

Quando olho para o Mundo à minha volta. Para o céu, para o Sol, para a Lua, mas especialmente para todas as pessoas que me rodeiam, quer as conheça, quer sejam para mim simples desconhecidos, apercebo-me que o Amor norteia a minha vida. Que só no Amor e pelo Amor a minha vida faz algum sentido. Tudo o resto é-me perfeitamente acessório.

E, por isso, uma vez que o Amor me leva inevitavelmente (ousarei dizer infelizmente?) para ti, aqui estou eu. Mais uma vez de coração aberto. Ainda que saiba que essa forma de estar me poderá trazer dor e desalento, que outra forma tenho eu de viver? Ou de viver de acordo com aquilo que sinto?

Peço-te que nunca penses que o silêncio a que me arremeto ocasionalmente se trata de um esquecimento da minha parte. Que deixei de sentir, que me tornei outra pessoa: fria e indiferente. A verdade é que, por vezes, recuo perante a vida. Por medo? Por falta de coragem? Por comodismo? Por todas essas razões mais algumas? Sei lá…O que sinto é que tudo me traz de novo para aqui. Para as letras, palavras, frases que, quando tas escrevo, trazem algum sentido à minha vida.

No fundo, são elas a minha eterna companhia e as testemunhas do Amor que sempre te devotarei. São elas a única forma que ainda tenho de verdadeiramente te sentir. E nesses momentos, em que a realidade espera lá fora por mim, estou de novo ao teu lado. E antes de sair, paro, espero, releio tudo o que escrevi e sou, temporária e imaginariamente…feliz.

Friday, July 25, 2008

Onde andarás...



Onde Andarás - Caetano Veloso
(Ferreira Goulart/Caetano Veloso)

Onde andarás nesta tarde vazia
Tão clara e sem fim
Enquanto o mar bate azul em Ipanema
Em que bar, em que cinema te esqueces de mim
Enquanto o mar bate azul em Ipanema
Em que bar, em que cinema te esqueces…
Eu sei, meu endereço apagaste do teu coração
A cigarra do apartamento
O chão de cimento existem em vão
Não serve pra nada a escada, o elevador
Já não serve pra nada a janela
A cortina amarela, perdi meu amor
E é por isso que eu saio pra rua
Sem saber pra quê
Na esperança talvez de que o acaso
Por mero descaso me leve a você
Na esperança talvez de que o acaso
Por mero descaso
Me leve… eu sei

Thursday, July 10, 2008

Pilhas de palavras

Minha Querida,

Ontem pus-me a pensar na pilha de cartas que te escrevi, nos milhares de milhões de palavras que eu procurei para chegar até ti, na forma como as juntei, pedacinho a pedacinho, para que fizessem sentido, para que conseguissem (algum dia conseguiram?) mostrar-te o que sinto, para que soubesses que estou aqui, sempre estive e sempre estarei. Para além de toda essa profusão de sentimentos que, mal ou bem, coloquei no papel, no email, na carta, no meio que foi o mais apropriado, escrevi ainda, na minha cabeça e no meu coração, inúmeras cartas que, por falta de coragem, por pudor, vergonha, descrença, sei lá, não deixei que saíssem de dentro de mim. Mas senti-as... Sinto-as...

Em todos esses gestos, quer nos exteriorizados, quer nos interiorizados, coloquei toda a minha Alma. Sei que pode ser difícil acreditares no que te digo, mas em nenhum desses momentos fui falso, fingido ou exagerado (se sou, será apenas pela minha própria natureza). Abri, escancarei, dissequei a minha Alma para que pudesses debicá-la migalha a migalha, para que pudesses sorvê-la aos poucos, mas por inteiro, para que pudesses ler tudo aquilo que nem sequer chego a escrever.

Não faço a mínima idéia se fui bem sucedido nesta tarefa. Se me entendeste, se foste capaz de sentir algo do que te quis transmitir, se percebeste, enfim, o quanto te Amo. Talvez nem fosse essa a minha intenção. Talvez o tenha feito pela suprema necessidade de libertar um fogo que me vai consumindo por dentro. Aqui sei que falhei, pois esse fogo jamais é extinto ainda que temporariamente aplacado.

E ontem... Ontem pensei em todas as palavras, quase que as vi enfileiradas na minha frente à espera que eu lhes desse uma ordem, à espera que eu as libertasse para a grandiosa tarefa para a qual está destinadas. E parei por uns segundos, minutos, horas, não sei, e fiquei sem saber o que lhes dizer. E, pior, o que fazer delas?

São muitas as ocasiões em que as maldigo – em segredo para não as melindrar – pelo peso que colocam na minha Alma e na minha vida. Por vezes renego-as ao ponto de me imaginar a trocar todas, todas mesmo, por um breve e singelo beijo teu. Mas acabo rendido à sua força e ao seu poder e junto-as novamente, uma a uma, para que através delas te possa abraçar, tocar, beijar, acariciar preencher, possuir e, acima de tudo, Amar.

Wednesday, July 09, 2008

Caminhos trocados

Querida Julieta, Meu Amor,

Ainda que eu faça de todos os meus dias uma busca permanente e vigilante por ti e por todo o Amor que eu sei me devotas, a verdade é que os meus olhos não conseguem te distinguir no meio da multidão que se vai cruzando no meu caminho. Por vezes ouço claramente a tua voz, entre tantos sons indistintos, chamando por mim, sussurrando aos meus ouvidos as mais belas promessas de Amor, mas rapidamente me convenço que nada mais é do que o fruto da minha imaginação.

Nos meus sonhos, sim, passeias nos meus braços e aí é o Mundo que desaparece para dar lugar ao Amor que vivemos. Nos meus sonhos descubro o caminho que leva directamente para os sonhos teus e esqueço a realidade, que pouco mais tem para me oferecer.

Mal acordo, procuro no meu caminho encontrar o teu. Viro de um lado para o outro. Dou meia volta. Ando para a frente e para trás. Atento, olho, escuto, na esperança de encontrar um sinal que nunca me chega. E passo os dias, conto as horas, tolero os minutos, porque sei que nos sonhos reencontrar-te-ei.

Talvez na vida nos cruzemos em ruas distintas. Talvez os meus passos estejam um pouco mais adiante, ou mais atrás. Talvez não nos tenhamos olhado nos olhos de forma a percebermos que somos nós. Talvez... Talvez estejamos condenados a viver um sonho e apenas isso. Diz-me ao menos qual é o caminho para chegar até ti. Poderei então enfrentar todas as tormentas para aí chegar. Ou deitar-me para sempre e para sempre...sonhar.

Thursday, July 03, 2008

Para quê?

Meu Amor, Minha Querida

São tão estranhos os dilemas em que, por vezes, me encontro. Verdadeiras encruzilhadas, caminhos que sei nunca percorrerei, opções que jamais quererei tomar e que, no entanto, parecem-me sempre as mais acertadas.

Ultimamente tenho pensado em ti e em tudo o que sinto por tua causa (será mesmo por tua causa???). Páro para reflectir (será esse o meu mal???), deixo que os sentimentos venham ao de cima (os mesmos sentimentos que eu tento, sem sucesso, empurrar para baixo) e sinto uma necessidade tremenda de escrever, de me libertar dessas emoções, de as transformar em algo palpável como as palavras. Não imaginas como me dói ter estas palavras entaladas na garganta, no peito, na minha Alma, sei lá onde. O problema, é que também me dói escrevê-las, colocá-las no papel e ver o papel secar, incólume, porque não o quiseste receber, porque não o leste.

Por tudo isto, pergunto-me vezes sem conta: para quê? Por que raio sinto eu as coisas desta forma exagerada e desprovida de razão? Para onde me conduz esta paixão que não me leva a lado algum? Existirá alguma lógica divina nisto tudo ou não passará tudo de uma grande ironia onde eu sou o principal (e único) protagonista?

Desculpa-me por te incomodar com estas perguntas que, como todas as outras que te fiz, nunca me responderás. Porventura nem tu saberias as respostas... Talvez queira apenas perguntar a mim mesmo e faço-o por escrito para ser mais perceptível. Sinceramente, não sei...

O que sei, porque o sinto, é que nos poucos momentos em que decido tentar deixar de sentir, de te escrever, de alimentar este Amor que não precisa de qualquer alimento, sou imediatamente invadido por um vazio enorme e frio que me assusta. Talvez não perca tempo a pensar em ti, onde estarás e porque não me procuras, mas de que me serve todo o tempo se nada tenho para o preencher?

Quem sabe não serei um mero escravo do Amor... Criado por este e por este condenado a sempre Amar. Sem razão, sem pensar, sem qualquer tipo de recompensa a não ser a dor de um coração vagabundo.



Elvis Presley - I'm so lonesome I could cry (Hank Williams)

Wednesday, June 04, 2008

A sua



Marisa Monte - A Sua

Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Tuesday, June 03, 2008

Olhos fechados

Meu Amor,

Escrevo-te de olhos fechados para não deixar a razão entrar. Espero que tudo se cale para ouvir apenas o meu coração. Para ele me ditar as palavras de mais uma carta que te quero escrever. Que preciso de te escrever. Não imaginas o quanto gritei em silêncio, o quanto revirei os meus pensamentos, o quanto protestei, fingi, escondi. Tudo numa vã tentativa de calar o coração. Se calhar posso até ter pensado que não sofria dessa forma. Mas sofro tanto quando não te mostro o quanto te Amo...

Não é fácil ter um coração fervilhante, que arde, que queima por dentro e por fora. Um coração que bate descompassadamente rumo a lugares onde eu não tenho por vezes coragem de me aventurar. Um coração que tem voz e vontade própria. Muito tem sofrido este coração... Mas muito mais sofre quando eu não lhe ligo.

Acredito que a vida seria mais fácil se eu não sentisse desta forma. Tudo seria inócuo, simples, inocente até. Ultrapassaria todas as agruras e arestas porque nada haveria para ultrapassar. Passaria pela vida incólume, mas deixaria que vida passasse por mim também.

O Amor não é uma escolha, mas o Amor é também uma escolha. Não fui eu que escolhi este coração, mas sou eu que abraço esta dor e estes sentimentos. O outro caminho seria mais pacífico, mas não seria um caminho para mim. Acredito, ou quero crer, que o Amor é a razão de tudo, que tudo na vida se resume ao que Amamos, que aquilo que somos é, na verdade, aquilo que sentimos. Por isso, tudo nos engrandece. O que nos empobrece é a míngua de Amor...

Se soubesses as saudades que tenho das tuas palavras, da tua voz, do Amor que polvilhavas sobre mim como se de pó mágico se tratasse. Aquele pó mágico que me transformava, que me fazia voar, que me tornava único no Mundo. Nem que fosse apenas aos teus olhos.

Hoje (como ontem) sinto-me incompleto. Falta-me o Amor que eu perdi algures neste caminho que é a vida. Ele anda aí. Eu sei que anda aí. Mas não o vejo, não o ouço, não o leio. E se há alturas em que me satisfaço com todo o Amor que vive dentro de mim e que sei nunca morre, por vezes preciso apenas de uma palavra (tua preferencialmente) que me dê alento, que me acarinhe, que me faça acreditar que vale a pena sentir assim. Que não é só uma ilusão de um poeta aprendiz.

Por isso, se me leres, se ainda guardares um pedacinho de Amor dentro de ti, dá-me uma palavra apenas, para que eu, com esse pó mágico, possa voltar a voar.

Monday, June 02, 2008

Rainer Maria Rilke

"Vaza-me os olhos: continuarei a ver-te
Tapa-me os ouvidos: continuarei a ouvir-te,
mesmo sem pés chegarei a ti,
mesmo sem boca poderei invocar-te
Decepa-me os braços: poderei abraçar-te
com o coração como se fosse a mão.
Arranca-me o coração: palpitarás no meu cérebro.
E se me incendiares o cérebro,
levar-te-ei ainda no meu sangue"


Rainer Maria Rilke

Monday, May 26, 2008

Coração (re)aberto

Minha Querida,

Sempre te escrevi de coração aberto. Despido, indefeso, inseguro. Deixei que o coração - e apenas ele – falasse tudo aquilo que eu, se pudesse, calaria para sempre. De que me serviria escolher as palavras para te dizer se não as sentisse? Não sei se alguma vez percebeste – sei que to disse e repeti – que as letras, palavras, frases, cartas escritas por mim mais não eram do que sentimentos espremidos em caracteres que, de forma alguma, tentavam exprimir tudo aquilo que eu cá dentro senti.

Foi esse mesmo coração que sofreu na pele o teu afastamento, o teu silêncio, a tua distância. Mais do que toda a falta que me fazias, mais do que as meras saudades que tive por estar longe, doeu o silêncio a que condenei esse pobre coração, as palavras que o forcei a calar, o pulsar que se foi esbatendo. Foi como se tivesse decidido fechar o coração a sete chaves. Por medo? Por falta de coragem? Por desilusão? Eu sei lá... Cansei-me. Talvez tenha sido apenas isso: cansei-me. E tentei ser apenas um homem comum, daqueles que fazem o seu dia a dia normal, de manhã à noite, daqueles que não têm tempo nem disposição para o Amor.

Nos primeiros tempos talvez me tenha sentido aliviado. Enterrei a cabeça na areia e o Sol não me incomodou. Escondi os meus sentimentos do Mundo e do meu próprio Mundo e fingi não sofrer. Fechei os olhos a tudo o que me faria lembrar de ti (caminhei de olhos fechados) e suportei melhor a tua ausência. E deixei de ouvir o que cá dentro nunca calou.

Dizem que o tempo tudo cura. Que os Amores se esquecem. Que a vida apaga a dor que sentimos. Então explica-me: serei eu o único que carrega orgulhoso as maleitas do Amor como se de condecorações se tratassem? Serei eu assim tão estranho e peculiar que não seja capaz de esquecer um só Amor que tenha vivido? Estarei eu condenado (ou abençoado?) a transportar comigo cada beijo, cada abraço, cada olhar que me fez sonhar? É que cada um desses momentos, (quanto mais intenso pior) traz consigo a dor do passado que já passou.

Por vezes penso que gostaria de ser como os outros (como tu?) que ultrapassam esses momentos e os colocam num bonito álbum de fotografias para recordar apenas quando lhes interesse. Mas a verdade – da qual nunca poderei fugir – é que o Amor por mim vivido fica gravado em sangue no tal coração que eu quis calar. E não o posso (nem quero) esquecer ou apagar.

Por isso aqui estou eu de volta. De coração aberto. Despido, indefeso, inseguro. Para dizer que ainda te Amo, que sempre te Amarei. Para te dizer que não pretendo calar mais o meu coração, ao qual peço desculpas pelos maus tratos que lhe infligi. E para te dizer que não importa onde estejas nada mais me impedirá de sonhar.

Friday, February 29, 2008

Sinto a tua falta!

Sinto a tua falta!!! E ainda ontem te tinha ao meu lado...

Não sei onde andas, não sei como estás, sei apenas que existe um vazio porque não te vejo, porque não ouço a tua voz, porque não tenho o calor dos teus abraços. E no entanto estás comigo. Sempre comigo.

Por vezes fico tentado a fugir aos meus sentimentos, deixando que a vida mundana me faça esquecer a tua ausência. Para quê fazê-lo se essa tarefa é impossível ? Não importa o quanto estejas ausente, a tua presença é tão marcante como a minha própria vida.

Há alturas em que me deixo enredar nas recordações e nas saudades que as avivam e, como se se tratasse de magia, apareces do nada, sorris, olhas-me nos olhos, sossegas a minha alma. Eu ali fico, mudo e quedo, parando a respiração, tentando não me mover, como se aquela “paralisia” pudesse manter-te ali para sempre. Nem que fosse apenas para eu te ver, nem que fosse para me assegurar que ainda que Amas, que ainda tens algo que te liga a mim. Infelizmente a racionalidade e a realidade levam-te para longe, deixando-me entregue a uma melancolia e nostalgia que mais não são do que a outra faceta de um Amor forte, sincero e verdadeiro.

À noite, quando observo a Lua e as estrelas à sua volta, sinto ainda mais a tua presença. Parece que guardas por mim de longe, assumindo-te como verdadeiro Anjo da Guarda. E aí sinto-me tranquilo, quase que consigo dizer que me sinto feliz, pelo menos orgulhoso de Amar e ter amado alguém desta maneira.

Mas é duro ficarmos afastados das pessoas que amamos. Por mais que nos agarremos às saudades, por mais que nos reconfortemos com as recordações, por mais que tentemos deixar para trás os sentimentos e o Amor.

Às vezes rio-me do Amor e com o Amor...Engraço com a sua ironia, divirto-me com a forma como nos prende e nos liberta, como nos faz rir e chorar, como se torna a coisa mais importante e supérflua das nossas vidas. E no entanto choro...

Tu, como tantas outras pessoas, sempre tiveste dificuldade em perceber o Amor na sua plenitude, em compreendê-lo em todas as suas aparências, em absorver e viver todas as suas vertentes, positivas e negativas. Não quero com isto confessar que descobri os segredos do Amor. Nunca poderia, nem sequer quereria, proclamar-me sábio ou mestre no Amor. Seria certamente o maior erro que um homem apaixonado poderia cometer, uma vez que “um homem apaixonado que pensa, não é um homem apaixonado”. Apenas tento entregar-me de alma e coração às maleitas do Amor, por vezes mais edificantes do que todos os momentos de alegria, partilha e felicidade. Mas isso são manias de poeta, ou de aprendiz de poeta, ou de pessoa normal que gostaria de ser poeta e de viver como tal. Mas bem sabemos que neste Mundo não há lugar para os poetas...

Aos poetas tomam-nos por loucos, por pessoas inconstantes que navegam ao sabor dos seus humores de alma. Seremos loucos ??? Sinceramente sempre achei difícil definir a loucura e a sanidade. Será mais são o homem que evite Amar para não sofrer ??? É o mesmo que evitar viver para não morrer.

Por isso prefiro Amar. Amar incondicionalmente. Amar com todas as minhas forças. Amar até não poder mais de alegria e satisfação, dor e angústia. Amar porque sim. Amar simplesmente. Simplesmente...Amar. Ainda que sofra, ainda que me magoe, ainda que doa. Todos estes sentimentos são proporcionais à capacidade intrínseca de Amar. E eu....Amo-te. Muito. Agora. Sempre. Não importa a distância, não importa a ausência, nem sequer importa que me Ames. Amo-te, pronto!!! Não pretendo, não desejo, não posso evitar esse Amor. Viverá comigo até que eu próprio me extinga.

Gostava que pudesses ler o que eu te escrevo com a maior dedicação, gostava que pudesses sentir a minha alma para te certificares do meu Amor, gostava que me ouvisses mais uma vez, nem que fosse apenas mais uma vez, que me ouvisses explicar, provavelmente de uma forma atabalhoada, todas as emoções que me fazes sentir. Mas, acima de tudo, gostava que nunca te esquecesses de mim.

Quando eu morrer, sim porque isso há-de acontecer um dia, gostaria que me visses na Lua cheia, que me ouvisses em tantas e tantas músicas que partilhámos, que me cheirasses no teu corpo e que me sentisses na tua própria alma. Aí sim poderia dizer: vivi e morri no Amor.......E onde quer que estivesse......ficaria feliz.

Monday, February 11, 2008

Hoje preciso de ti...

Meu Amor,

Hoje é um daqueles dias em que eu mais precisava de ti (ainda que de ti precise todos os dias da minha vida). Mas hoje... Hoje é praticamente um caso de vida ou de morte. Hoje a minha Alma precisava da tua para se sentir completa. Sem ti ando perdido, sem rumo, sem norte.

Hoje precisava das tuas palavras para sossegar a fúria que carrego comigo. Precisava das tuas mãos para não me sentir tão sozinho. Precisava dos teus abraços para acreditar na humanidade. Precisava dos teus olhos para ser feliz. Podia ser que essa felicidade durasse apenas um segundo. E daí? Mais valia um segundo...

Hoje, os teus beijos (se mos desses) seriam para mim um bálsamo reconfortante que afastaria toda a mágoa e tristeza que agora me invade. Hoje, todo o carinho que me quisesses dar, seria o colo que tanto me falta. Hoje, cada gesto teu, valeria por milhões de outros que à minha volta nada me dizem.

Sabes bem o quanto preciso de ti, o quanto te quero, o quanto te Amo. Mas hoje... Hoje acho que nem tu me reconhecerias. Hoje jogar-me-ia aos teus pés. Imploraria se fosse o caso. Rastejaria atrás de ti para receber qualquer migalha que me jogasses. Porque hoje, qualquer migalha significaria para mim a refeição ideal.

Meu Anjo,

Hoje estou cativo dos meus sentimentos e das palavras que estes arrancam. Hoje algo explodiu (ou implodiu, não sei bem...) dentro de mim e agora não sei se ruí de vez, se ganhei uma nova chama. Por isso, precisava de ti agora. Porque tu me lerias, tu me entenderias, tu me compreenderias e tu saciarias a minha fome de ti.

Tantos e tantos dias que senti a tua falta, que caminhei vazio por dentro (ainda que parecesse cheio por fora), que escondi (ou tentei esconder) tudo o que sinto. Mas hoje... Hoje é-me impossível reter os sentimentos que galopam cá para fora. Hoje, não tenho outro remédio senão deixá-los sair. Talvez me faça bem...

Perdoa-me invadir assim a tua Alma, a tua privacidade, o teu descanso, mas hoje queria que tu (sejas lá quem fores) soubesses que hoje...eu preciso de ti.

Wednesday, January 30, 2008

Exagerado



Ney Matogrosso - Exagerado (Cazuza)

Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos foram tracados
Na maternidade

Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar

Que por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Que por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Friday, January 25, 2008

Bom Dia...

Minha Deusa,

Motivado pela conversa que tivemos hoje e pelo avivar de tantas histórias que vivemos em tão pouco tempo, decidi escrever-te para te dar os bons dias. Como fazia há não muito tempo. Como não fazia há já algum tempo.

Parece que passaram anos. E no entanto pouco tempo passou da noite que tive oportunidade e felicidade de partilhar contigo. E o que ficou dessa noite? E do Amor que te devotei? Acho que tudo...Acho que ainda está tudo cá dentro. Acho que esse sentimento não se sumiu por artes mágicas, ou por qualquer buraco do meu corpo. Simplesmente vive dentro de mim. Por vezes calado, por vezes lamentando, por vezes sorrindo. Mas está aqui na mesma...

Às vezes custa-me perceber o como e o porquê da tua importância na minha vida. Não fizeste parte dela. A verdade é essa...Passaste como um Cometa sem ficar, sem deixares que eu te conhecesse melhor, sem me conheceres melhor, sem partilharmos algo mais nesta vida. Mas como poderia eu conhecer-te melhor se te conheço como a mim próprio? É estranho e mágico...Muito mágico...Se calhar vem daí a tua importância...

Contudo, e apesar de sentir cá dentro a mesma coisa, algo mudou...Não te imagino a fazer parte activa da minha vida, não me imagino ao teu lado, não sonho nem penso em te reencontrar. És um sonho e eu sei que não serás mais do que isso. Tornaste-te algo inatingível que eu não quero querer. És uma fantasia. Agradável, maravilhosa, paradisíaca, perfeita. Mas uma fantasia. És a razão da minha felicidade num Mundo que não existe senão na minha cabeça e na minha Alma. E eu tenho de ser real...Sob o risco de não viver a minha vida, mas sim a de qualquer outro personagem que não sou eu...

Pareço-te frio? Juro-te que não se trata disso...Continuo a sentir com a mesma intensidade e vontade. Só que tenho a consciência que esse sentimento não será realizável. Não se tornará em algo concreto. Não se tornará real. É uma ilusão e assumo-a como tal, mesmo que não o deixe de sentir...

Por isso não te preocupes. Continuarei a Amar-te noutro Mundo onde podes ser Deusa, podes voar, podes ser uma musa encantadora acima de todas as outras. Num Mundo feito de sonhos, de Paz e de felicidade. Num Mundo construído por mim propositadamente para ti. Todo para ti, como se fosse uma espécie de altar onde eu te possa venerar...

Só que na vida real...perdoa-me...és praticamente uma estranha. És alguém que eu não pude conhecer. És alguém que eu não pude Amar. És o reflexo baço da luz que eu tive a felicidade de ver numa Deusa que eu criei...

Wednesday, January 16, 2008

Não basta dizeres que me Amas

Minha Querida,

Não me bastam as tuas palavras doces a dizeres que gostas de mim, que tens saudades minhas, que pensas em mim, que me Amas. Não me chegam os teus olhos meigos que me olham de perto como se ao longe estivessem. Não é suficiente o carinho que me entregas como se de uma esmola se tratasse. Quero mais. Sempre quis mais.

Quero-te inteira, de corpo e Alma. Quero tudo aquilo que me dás, tudo aquilo que me deste e tudo aquilo quanto um dia sonhaste em me dar. E até tudo o que nunca pensaste dar a ninguém.

Quero os teus sonhos, quero o teu coração, aberto, dissecado. Quero os teus olhos dentro dos meus. Quero o teu corpo nú, descoberto, despojado de pudores e vergonhas. Quero os teus segredos, os teus anseios, os teus medos. Algum dia me propus a dar-te menos do que isto? Não será, então, justo que eu queira o mesmo que estou disposto a entregar?

Talvez eu esteja apenas louco por te pedir tudo o que te peço. Talvez só em sonhos possas estar ao meu lado desta maneira. Então que criemos um sonho. Não seria o primeiro sonho que eu inventaria só para nós dois. O que não me posso permitir é deixar-me levar pela triste e dura realidade de que já nada tenho direito senão às tuas palavras doces.

Wednesday, January 09, 2008

Pra rua me levar



Ana Carolina e Seu Jorge

Composição: Ana Carolina / Totonho Villeroy

Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você

É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...