Tuesday, October 17, 2006

Distância

Meu Amor,

Tudo na vida nos parece separar: a distância, o tempo, a realidade, tudo e mais alguma coisa colocou-se entre nós e o nosso Amor. Não tenho como te alcançar, como chegar até ti. E, no entanto, escrevo-te...Para que não me esqueças ou para não me esquecer de ti, já nem sei bem.

O que sei e sinto é que luto desesperadamente para te alcançar, para te tocar. Apesar de toda a dor, toda a angústia, toda a mágoa pelo teu silêncio, pela tua ausência, pela tua indiferença, uma força maior do que tudo isso impele-me a continuar. Como se se tratasse de um qualquer tipo de masoquismo inexplicável...

A cada esforço que faço para chegar até ti sucede a desilusão que vai crescendo, crescendo, crescendo, quase que apagando este Amor que ainda sinto – e tu sabes bem que ainda o sinto. Páro um pouco, respiro, mas volto com a mesma teimosia.

Não sei porque o faço...Juro-te que tento encontrar as explicações racionais que fariam os racionais felizes. Talvez tenha descoberto que só contigo consigo ser assim como acho que sou ou devo ser. Porventura o teu silêncio não me deixa descansar em paz. Se calhar sou um obstinado. Ou então...Amo-te e não sei viver sem ti, se bem que essa nunca seria a explicação racional...

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