Friday, April 13, 2007

Porque eu sei que também me Amas...

Meu Amor,

Sabes que até eu, raras vezes admito, me vejo levado a pensar no quão ridículo sou por te escrever tantas cartas de Amor. Não que eu não o sinta, antes pelo contrário, sinto porventura muito mais do que as minhas pobres palavras são capazes de transmitir. Mas porque não sei para quem escrevo, já que nada me respondes que me faça ter a certeza que és mesmo tu Aquela que eu Amo.

Bem sei que o Amor que te tenho, que te devoto e que te prometi outrora é (ou deveria ser) incondicional, eterno e imutável. Mas também sei o quanto gostaria de ouvir da tua voz ou das tuas letras o Amor que também me prometeste. Prometeste? Ou fui eu que inventei essas promessas?

Nessas raras vezes em que me sinto ridículo, dou por mim a tentar descobrir as razões que tens escondidas e que te levam a esconderes-te de mim. Sim, porque nunca me passaria pela cabeça que simplesmente tivesses largado o Amor que me tinhas nalgum canto escondido e sujo.

Confesso-te que nunca encontro qualquer razão suficientemente lógica ou plausível. Nenhuma que fosse capaz de subjugar o Amor que vivemos noutros tempos.

Daí que, na ausência de respostas lógicas, a resposta menos óbvia é a verdadeira: ainda me Amas. Nunca me deixaste de Amar. Talvez dessa forma consiga explicar um Amor que persiste em me marcar e não me largar. Talvez dessa forma não me sinta tão ridículo.

Não quero, pois, saber os porquês do teu silêncio. Um dia mos revelarás. Olhos nos olhos. Até lá...sabes bem que eu te continuarei a Amar. E a escrever mil e uma cartas de Amor. Sejam estas ridículas ou não, como o meu Amor, serão sempre, sem qualquer dúvida, o espelho de quem escolheu morrer de Amor.

3 comments:

Fausta Paixão said...

ridículas ou não, elas, as cartas, são sempre deliciosas.
por mim apimentava-as um pouco mais, mas eu sou um caso perdido, nem com palavras mansas lá vou!
beijo-te faustosamente.

Anonymous said...

Será o verdadeiro AMOR condenado ao eterno desencontro ??? Ou será que é o encontro que mata o AMOR ? ... É algo que me questiono constantemente ... mas, na dúvida prefiro, viver "desencontrada" e AMANDO do que viver sem AMOR ...

Embora, na verdade, nao desista de o procurar ...

depois de um mês de ausência, gosto de te ter de volta Sr.Poeta Aprendiz ... as tuas palavras fazem-me FALTA !!!

Bjs
Ines de Castro

Peste said...

talvez não tenhas cruzado o amor na altura correcta, talvez até tenha sido na altura certa mas de forma errada...

daqui a 10 anos... no mesmo sitio à mesma hora... volta a buscar quem amas... se era tua... vai continuar a ser...

k amor lindo...