Wednesday, August 04, 2004

Desfeito

Queria desfazer-me em letras e palavras,
Colocar-me num envelope e remetê-lo logo para ti.
Se o recebesses aposto que não hesitavas
Lias-me de lés a lés
Da cabeça à ponta dos pés
E eu te diria assim

Tão grande é este meu Amor
Que para estar eu ao teu lado
Cometo qualquer horror
Até ficar despedaçado
Em mil palavras em teu louvor
E então completamente estraçalhado
Ficarei feliz a sorrir
Enquanto me lês antes de dormir

Já viste que delícia seria,
Teres-me assim ao alcance da tua mão?
Sei bem que é tudo uma fantasia
Mas tinha graça, não tinha?
Olhares os meus olhos no meio de uma linha
E a minha boca no ponto de exclamação

Podias usar-me quando quisesses
Se preferisses poderias descansar
Dizia Amo-te, quer lesses ou não lesses,
Ninguém te proibiria de me Amar
E não importa o que de mim fizesses
As palavras haverias sempre de as guardar
Por isso guarda este poema...já estou desfeito
Vou mandar-to, guarda-o juntinho ao teu peito.

E se um dia te sentires só e abandonada
Relê este poema e tenta apenas me entender
Não sou mais do que uma alma apaixonada
Amo-te mais do que devia
Hoje, amanhã, no outro dia
E até ao dia em que morrer.

1 comment:

Anonymous said...

Simplesmente ADORO esse poema!!! É um dos meus favoritos!!!!!!!!!!!!!! É ABSOLUTAMENTE fantástico.... Ele consegue ser tão terno e tão forte ao mesmo tempo...

Beijos