Friday, November 10, 2006

E é por isso que te escrevo

E é por isso que te escrevo. A ti e não a outra qualquer. Não se trata de qualquer espírito masoquista – que talvez tenha... – de me agarrar a um Amor que já morreu. Não se trata de acreditar que és única no Mundo – para mim és...Não se trata de querer sonhar em algo que nem em sonhos me permito rever.

Simplesmente és tu a fonte da minha inspiração. E assumiste esse papel de tal maneira que nada mais consigo fazer. Por isso estás presente quotidianamente na minha vida. Onde quer que eu esteja, para onde quer que eu me vire, lá estás tu. Disfarçada no meio de uma música, escondida numa paisagem, oculta na Lua – é difícil de acreditar...oculta na Lua – camuflada numa qualquer nuvem que passe por mim.

Talvez assim percebas porque te escrevo. Porque no fundo não haverá nada mais para eu escrever. Na realidade talvez a minha vida se resuma a ti. Tudo o resto são meras passagens de ti para ti.

Não pedi para viver assim. Não fiz nada para sentir o que sinto. Acho até que não queria ficar assim tão preso. Mas, como nada posso fazer, aceito esta pena que, apesar da dureza e da solidão a que me condena, faz-me sentir. E não há nada pior do que nada sentir...

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